Vinho verde já pode ser vendido em garrafas de vidro de 5 litros

Esta alteração pretende valorizar a imagem e reputação da Denominação de Origem e criar valor à crescente procura deste vasilhame nos segmentos de mercado médios e altos.

Os vinhos com Denominação de Origem Vinho Verde já podem ser comercializados em grandes formatos, ou seja, em volumes nominais superiores a cinco litros, desde que isso seja em garrafas de vidro, de acordo com um aviso publicado esta segunda-feira em Diário da República.

“A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) autorizou a comercialização de garrafas de grande formato. Alguns produtores querem ter este tipo de garrafas devido à distribuição em restauração“, explica ao ECO/Local Online fonte oficial da CVRVV, acrescentando que “o estágio numa garrafa grande permite que [esses vinhos] fiquem guardados muitos anos”.

O aviso assinado pelo presidente do conselho diretivo do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), Bernardo Gouvêa, impõe ainda a eliminação das restrições relativas ao tipo de vasilhame – garrafa de vidro – e aos volumes nominais autorizados – até 75 centilitros ou múltiplos – previstas para os vinhos com DO “Vinho Verde” com indicação de sub-região, indicação de casta ou designativos de qualidade.

“Perdeu sentido o espírito subjacente à criação da norma, assente na associação de limitações do tipo e volume nominal do vasilhame à qualidade organolética superior dos vinhos com aquelas menções na rotulagem”, justifica no mesmo diploma.

Por outro lado, lê-se no aviso, “será expectável que das presentes alterações às especificações da DO “Vinho Verde” resulte a valorização da imagem e da reputação da DO, bem como a criação de valor pela resposta à crescente procura deste vasilhame nos segmentos médios e altos do mercado”.

No ano passado, as exportações de vinho verde aumentaram quase 11% em valor, para um total de 90 milhões de euros. Já em volume, ainda de acordo com dados oficiais, os produtores da região venderam 35 milhões de litros no estrangeiro, o que equivaleu a um crescimento de 8%.

Para beneficiar da Denominação de Origem Vinho Verde, os produtos vitivinícolas estão sujeitos a um “controlo rigoroso” de todas as fases do processo de produção, desde a vinha ao copo. As castas utilizadas, os métodos de vinificação e as características organoléticas são apenas alguns dos elementos cujo controlo permite a atribuição desta Denominação de Origem.

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