Governo reúne com autarcas de Lisboa para preparar resposta a desacatos

"Tomaremos todas as medidas necessárias para que o direito de manifestação não colida com o direito à paz, à ordem pública e à tranquilidade na mobilidade das pessoas", diz Luís Montenegro.

O Governo vai reunir, esta quinta-feira, com os presidentes de câmara e autarcas da Área Metropolitana de Lisboa (AML) para “aprofundar a melhor maneira de suster estes episódios de violência [que ocorreram nos últimos dias] e eliminá-los”, anunciou esta quarta-feira, à margem da Cimeira em Faro, o primeiro-ministro. Luís Montenegro está ainda disponível para reunir com as associações dos bairros onde ocorreram os atos de violência, assegurando: “Não vamos pactuar com a violência e o desrespeito com a ordem pública”.

Na sequência dos tumultos e distúrbios que se seguiram à morte de um cidadão por um agente da PSP no bairro da Cova da Moura, Luís Montenegro comprometeu-se a “dialogar com as autarquias locais e mesmo com a comunidade, com as pessoas e associações representativas das organizações que há no âmbito desta zona geográfica”. O chefe do Executivo pretende “eliminar qualquer foco de tensão e dar garantias de tranquilidade pública e de acompanhamento social para que as pessoas possam viver bem em Portugal, ter um emprego, uma ocupação, acesso à educação”, assinalou o chefe do Executivo.

 

O primeiro-ministro avisou, contudo, que não vai permitir mais desacatos e que as forças de segurança poderão endurecer a atuação. “Tomaremos todas as medidas necessárias para que o direito de manifestação não colida com o direito à paz, à ordem pública e à tranquilidade na mobilidade das pessoas“. Mais, reforçou, as medidas a diligenciar “implicam o que tiver de ser mobilizado para terminar com isto. A violência não é aceitável. As pessoas têm de se convencer que temos de nos respeitar uns aos outros”.

O primeiro-ministro garantiu, por isso, ter “o dispositivo das forças e serviços de segurança mobilizado para não permitir que a violência ganhe à tranquilidade”. Segundo Montenegro, “as pessoas são livres de mostrarem o seu desacordo com acontecimentos ou com políticas públicas ou com reivindicações de natureza social. Não podem é fazê-lo a incendiar carros e autocarros e a colocar em perigo mobilidade dos outros cidadãos”.

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