Antiga fábrica da Lactogal transformada em hub empresarial de 35 milhões em Matosinhos

Com uma área total de construção de 27.200 metros quadrados, o Smart Park Matosinhos estará concluído em abril do próximo ano. Escritórios já estão reservados para empresas de tecnologia e engenharia.

A antiga fábrica da Lactogal em Leça do Balio está a ser transformada num espaço multifuncional para acolher empresas, restaurantes, comércio e serviços. O futuro Smart Park Matosinhos, um empreendimento com 20 mil metros quadrados, estará concluído em abril do próximo ano e representou um investimento de 35 milhões de euros por parte do Castro Group.

“Quando entrei na fábrica fiquei surpreendido pela qualidade da estrutura, pela arquitetura única e imponência do espaço. Tudo isto fez-me perceber que este lugar merecia ser visto com outros olhos. O que inicialmente seria um ativo para demolir rapidamente se tornou numa missão de preservação”, disse Paulo Castro, CEO do grupo imobiliário bracarense, na apresentação pública do projeto.

Este lugar merecia ser visto com outros olhos. O que inicialmente seria um ativo para demolir rapidamente se tornou numa missão de preservação.

Paulo Castro

CEO do Castro Group

O CEO do Castro Group realça ainda que o “projeto vai muito mais além de uma reabilitação”. “Trata-se de uma requalificação de memórias, um tributo à história local e ao mesmo tempo uma projeção clara de transformar a antiga fábrica num espaço multifuncional, vibrante e inovador”, afirma o líder do Castro Group.

Com uma área total de construção de 27.200 metros quadrados, o Spark Matosinhos conta com uma zona de escritórios com cerca de 11.500 metros quadrados, outra dedicada a comércio e serviços com cerca de 1.800 metros quadrados e ainda 4.000 metros quadrados de zonas de lazer e áreas comuns. O edifício conta ainda com um ginásio e 377 lugares de estacionamento, 20% deles para veículos elétricos, além de parque de bicicletas e trotinetes.

Paulo Castro adiantou ao ECO que o espaço tem capacidade para albergar entre 1.000 a 1.200 trabalhadores nos escritório e entre oito a dez lojas. “Já temos uma boa percentagem comercializada. Aliás já tínhamos antes de começar a obra”, frisa o CEO do Castro Group.

Os futuros ocupantes são empresas na área da tecnologia e engenharia. “Temos uma oferta que vai desde um posto de trabalho a um escritório flexível de dez pessoas ou até um edifício corporativo na torre, que poderá ser ocupado apenas por uma empresa. Temos uma oferta bastante eclética para todos os géneros de empresas”, acrescentou o responsável.

Temos uma oferta que vai desde um posto de trabalho a um escritório flexível de dez pessoas ou até um edifício corporativo na torre, que poderá ser ocupado apenas por uma empresa.

Paulo Castro

CEO do Castro Group

 

Este edifício foi uma das primeiras unidades industriais da produtora de leite Lactogal, cuja construção arrancou em 1964 e terminou em 1967. A unidade fabril era utilizada para a produção e armazenamento de leite, tendo sido descontinuada a partir de 2009. O Castro Group comprou o ativo em 2022, com as obras a serem iniciadas no último trimestre de 2023.

Reabilitação, tecnologia, comunidade, conexão e natureza são os pilares deste projeto assinado pelo gabinete de arquitetura português Paulo Merlini Architects. “Sentimos um grande orgulho em apresentar um edifício que não apenas redefine o conceito de espaço de trabalho, mas também promove a sustentabilidade e o bem-estar dos seus ocupantes”, disse o Paulo Merlini, CEO e fundador do gabinete, na apresentação oficial do projeto Spark.

O Spark está localizado junto dos principais acessos à cidade do Porto (A4, A20, A28, A41 e A1), ao Aeroporto Francisco Sá Caneiro e às universidades. O empreendimento estará servido por uma rede de transportes públicos, nomeadamente metro, autocarros e comboio. O empreendimento vai ganhar mais uma acessibilidade tendo em conta que a linha de comboios de Leixões vai ser reativada para passageiros em dezembro, ficando a cerca de 500 metros do Spark.

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