Castro Group garante continuidade do megaprojeto imobiliário em Matosinhos, apesar da crise da Farfetch

Grupo de construção de Braga aguarda a aprovação do loteamento do megaprojeto inicialmente desenvolvido com a Farfetch, que ocuparia 40% do espaço, admitindo alterar o "modelo de negócio".

O Castro Group, a empresa responsável pela construção do Fuse Valley, o megaempreendimento de Matosinhos anunciado em 2021 e onde a Farfetch tencionava localizar um novo centro tecnológico, garante que o projeto imobiliário vai mesmo avançar, mesmo que isso implique alterar o modelo de negócio atual. A construtora está a aguardar a aprovação de loteamento para arrancar com o projeto, cuja construção deveria ter arrancado no final do ano passado.

Podemos assegurar que o Castro Group continua a trabalhar ativamente no projeto“, garantiu ao ECO fonte oficial do grupo de construção. A mesma fonte afiança que “apesar dos desafios que enfrentamos, o Fuse Valley permanece firme e comprometido com os seus princípios fundamentais”.

Este mega projeto imobiliário no valor de 200 milhões de euros, anunciado em 2021, além do futuro campus global da Farfetch, previa acolher outras empresas, um hotel e 42 apartamentos. O projeto inicial previa que dos 140 mil metros quadrados, 60 mil fossem ocupados pela Farfetch. Com a tecnológica criada por José Neves, agora nas mãos dos sul-coreanos da Coupang, a reestruturar a sua atividade e a concentrar unidades, o modelo deste megaempreendimento poderá ter de ser totalmente repensado.

“Assim que obtivermos a aprovação do loteamento, continuaremos a avançar com a mesma dedicação e empenho, seja no modelo de negócio atual ou em outro que melhor responda aos desafios presentes“, acrescenta a mesma fonte.

Assim que obtivermos a aprovação do loteamento, continuaremos a avançar com a mesma dedicação e empenho, seja no modelo de negócio atual ou em outro que melhor responda aos desafios presentes.

Fonte oficial do Castro Group

Com uma área de 5 mil metros quadrados destinada a acolher espaços para comércio e serviços de suporte ao empreendimento, como áreas de restauração, ginásio e SPA, bem como um anfiteatro ao ar livre, disponível para receber mostras de arte, palestras e workshops, o vale da Farfetch, como chegou a ser apelidado, foi desenhado pelo arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels e ambicionava ser um pilar da sustentabilidade.

A Farfetch foi a grande promotora deste mega projeto. Contudo, a crise da empresa e a venda à Coupang levaram a uma grande reestruturação do marktplace daquele que foi o primeiro unicórnio de capitais portugueses. Além de um programa de despedimentos, para reduzir entre 25% e 30% dos trabalhadores, a empresa tem vindo a encerrar unidades no país, com vista a tornar o negócio rentável.

Como o ECO noticiou, depois do encerramento dos escritórios de Braga e da Avenida da Boavista no Porto, a Farfetch vai fechar o Centro de Creative Operations (CrOps) que mantinha em Leça do Balio, em Matosinhos, já no final deste mês. Apesar do encerramento deste centro, a empresa mantém, contudo, abertos os escritórios em Matosinhos.

Com o encerramento do Centro de Creative Operations (CrOps) no dia 31 de maio, as pessoas serão transferidas para a unidade de Guimarães. Esta decisão, de concentrar mais esta unidade em Guimarães, surge depois de a Farfetch, a empresa fundada por José Neves e cuja venda aos sul-coreanos da Coupang foi concluída em fevereiro, já ter fechado o edifício da Boavista, no Porto, e a unidade de Braga, mantendo ainda os escritórios em Lisboa, além de Guimarães.

 

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