Produtor do Douro compra 10 hectares de vinha velha em Trás-os-Montes para reforçar mercado de luxo
Com a compra da nova vinha velha, o produtor transmontano aumenta a capacidade de produção para cerca de 30 mil garrafas de vinho premium, reforçando o posicionamento no mercado de luxo.
A arrancar em breve com a construção de um hotel de quatro estrelas num investimento de três milhões de euros, o produtor António Boal, da Costa Boal Family Estates, compra agora uma vinha velha com mais de 65 anos, em Trás-os-Montes, para reforçar o posicionamento da marca na produção de vinhos premium e responder à crescente procura por este segmento de luxo.
São 10 hectares território, em Mirandela, somando agora um total de 22 hectares de área de vinha velha que o produtor tem em Trás-os-Montes e que lhe vai permitir aumentar a capacidade de produção para cerca de 30 mil garrafas de vinho.
Esta aquisição insere-se no âmbito da estratégia da empresa de vingar no mercado dos “vinhos premium” que tem cada vez mais procura, principalmente do mercado brasileiro que está em crescendo e tem um peso de 30% nas vendas seguido do mercado nacional (60%).
O objetivo desta compra é aumentar a qualidade dos vinhos em portfólio, uma vez que os consumidores optam cada vez mais pela qualidade, por gamas altas.
“O objetivo desta compra é aumentar a qualidade dos vinhos em portfólio, uma vez que os consumidores optam cada vez mais pela qualidade, por gamas altas”, começa por assinalar António Boal em declarações ao ECO/Local Online. Foi, aliás, para responder à crescente procura por vinhos premium, que o empresário investiu recentemente meio milhão de euros num espaço de armazenamento e engarrafamento de vinhos DOC Douro, na zona industrial de Vila Real.
“Sempre sublinhei o quanto acredito no potencial das vinhas velhas pelos vinhos extraordinários que nos permitem criar“, nota o produtor que vai agora entrar no mercado do azeite gourmet com a compra de um hectare de Olival.
Em breve, arranca a obra do projeto de enoturismo na Quinta de Arufe, em Favaios, com a construção de um hotel quatro estrelas, com adega e restaurante numa quinta com vinha de cinco hectares, num investimento superior aos três milhões de euros. A unidade hoteleira deverá abrir as portas no início de 2026 e atrair maioritariamente turistas do mercado francês, britânico e brasileiro.
A história do património vitivinícola da empresa começou a escrever-se em 1857, na aldeia de Cabeda, no planalto de Alijó (Vila Real), onde ainda existe a antiga adega da família datada desse mesmo ano. Requalificada em 2014, a adega mantém os lagares tradicionais de granito onde ainda se pisa a pé as uvas. “É aqui que repousam os Vinhos do Porto velhos e muitos velhos da Costa Boal, bem como outros mais recentes”, conta o produtor.
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