Calçada portuguesa candidata a Património da Humanidade
A Associação da Calçada Portuguesa apela às entidades públicas, nacionais e locais, para que se comprometam com a preservação e promoção da ate de calcetaria.
Numa ação conjunta com oito municípios do país, a Associação da Calçada Portuguesa candidatou a “Arte e Saber-fazer da Calçada Portuguesa” ao Inventário do Património Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco. Com esta iniciativa, a associação pretende “preservar e promover esta arte, que corre o risco de extinção“, apelando às entidades públicas para não a deixarem desaparecer.
“Esta candidatura serve também como um apelo às entidades públicas, nacionais e locais, para que se comprometam com a preservação e promoção desta arte que deve ser assumida como um ativo estratégico para a afirmação de Portugal”, defende a associação defensora dos calceteiros.
Ao candidatar a calcetaria a património da Unesco, a associação pretende “valorizar o conhecimento, o saber-fazer e a mestria dos calceteiros e de outros artistas plásticos que têm transportado esta técnica ao longo dos anos”, explana esta entidade que foi constituída em 2017 “por impulso da Câmara Municipal de Lisboa”.
Esta candidatura serve também como um apelo às entidades públicas, nacionais e locais, para que se comprometam com a preservação e promoção desta arte (…).
Foram precisos três anos para a associação organizar todo o dossier da candidatura, em conjunto com mais de 50 calceteiros e com os oito municípios portugueses — Braga, Estremoz, Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Porto de Mós e Setúbal. Contou ainda com o apoio de mais de duas dezenas de instituições nacionais públicas e privadas.
O processo de candidatura foi enviado já esta semana à Comissão Nacional da Unesco.
“Ao longo do tempo, a calçada portuguesa consolidou-se, não apenas como uma das principais referências culturais, identitárias e estéticas do território nacional – Continente e ilhas –, mas também como um elemento fundamental da paisagem urbana, contribuindo para a identidade do espaço, da história e da cultura portuguesas”, assinala a associação num comunicado enviado às redações.
Segundo esta entidade, a arte da calcetaria tem relevância universal, uma vez que, se “encontra espalhada por várias partes do mundo como marca cultural portuguesa, com especial presença no Brasil, e noutros países com os quais Portugal mantém trocas culturais”, nota.
A Associação da Calçada Portuguesa tem por missão proteger, valorizar e promover, nacional e internacionalmente, a calçada portuguesa enquanto património cultural e identitário de Portugal. Tem como associados as autarquias de Lisboa, Porto de Mós, a Assimagra – Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais, a Universidade de Lisboa, a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e o Grupo Português da Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual.

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