Lisboa quer seguir Loures com atribuição do nome do Papa Francisco ao Parque Tejo
Carlos Moedas anunciou a intenção de designar o lado lisboeta do parque, que acolheu a Jornada Mundial da Juventude, com o mesmo nome que Loures deu ao espaço de 36,5 hectares que inaugurará em breve.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa pretende renomear o Parque Tejo, na margem direita do Rio Trancão, extremo oriental da capital, com o nome do Papa falecido nesta segunda-feira. Durante a missa de homenagem a Francisco, decorrida na Sé de Lisboa, Carlos Moedas anunciou a pretensão: “em nome dos lisboetas estou aqui para agradecer, e vou levar a reunião de câmara a proposta para que o Parque Tejo, onde ele esteve, seja o Parque Francisco, que tenha esse nome para honrar a sua memória e aqueles seis dias que, de certa forma, não deixaram Lisboa na mesma, deixaram uma Lisboa de esperança”.
A renomeação dos terrenos de Lisboa e Loures onde decorreu a missa campal que fechou a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em agosto de 2023 já está decidida do lado de Loures há cerca de dois anos. A 31 de julho de 2023, numa visita ao local realizada pelo então primeiro-ministro, António Costa, na companhia de outros governantes e várias personalidades, entre as quais os autarcas Carlos Moedas e Ricardo Leão (presidente de Loures), já se via, nos terrenos do parque em território de Loures, uma placa com a inscrição “Futuro Parque Papa Francisco – Legado da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023”.
Já em dezembro último, o presidente da câmara de Loures efetuou uma visita, acompanhado de jornalistas e responsáveis pela organização da JMJ, ao terreno de 36,5 hectares que será designado de Parque Papa Francisco. Devia ter sido inaugurado em fevereiro, mas ainda está em fase de finalização de obras.
A ser concretizada a intenção de Carlos Moedas de, em reunião de câmara, renomear o Parque Urbano do Tejo e do Trancão, o qual ocupa atualmente, em toda a extensão, 90 hectares, e assim formar um novo Parque Papa Francisco em Lisboa, o nome do Papa falecido nesta segunda-feira será atribuído a um território de mais de 100 hectares entre a freguesia lisboeta do Parque das Nações e a Bobadela, em Loures.
Parte deste território, entre a zona da antiga lixeira de Beirolas, a leste da Ponte Vasco da Gama, e Bobadela, foi alvo de uma reabilitação dinamizada com o evento que trouxe Francisco a Portugal em agosto de 2023. A obra incluiu uma ponte com 560 metros a unir as duas margens do Rio Trancão, a qual chegou a ser designada pela câmara de Lisboa de Ponte D. Manuel Clemente, posição revertida a pedido do homenageado após o surgimento de uma petição que reuniu mais de 17 mil assinaturas e invocava a laicidade do Estado e casos de pedofilia na Igreja como razão para contestar a atribuição deste nome.
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