Maioria absoluta do PS facilita execução do PRR, diz Moody’s

Com a maioria absoluta que o PS conquistou nas legislativas, "é agora muito provável que Portugal receba os três mil milhões de euros em financiamento da UE este ano", diz a Moody's.

A agência de notação financeira Moody’s considera que a vitória do PS por maioria absoluta nas legislativas de domingo vai beneficiar Portugal em vários aspetos, a começar pelo facto de ser “positiva” para o crédito, uma vez que diminui a incerteza política. Além disso, vai facilitar o cumprimento das metas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O resultado eleitoral alcançado pelos socialistas, que saíram vencedores com 117 deputados eleitos, “é positivo para o crédito porque acaba com a incerteza política que estava associada à geringonça, na qual o PS dependia de outros partidos para aprovar as principais leis”, refere uma nota enviada esta terça-feira por aquela agência de notação financeira.

Além disso, continua a Moody’s, “ter um Governo maioritário é um bom presságio para a capacidade do Governo português cumprir os marcos e metas do PRR, que foram acordados com a União Europeia (UE) como parte do programa Next Generation EU”. Este programa, lê-se, é “crucial para as perspetivas de crescimento a curto prazo de Portugal e melhorias a longo prazo no potencial de crescimento da economia”.

A agência afirma que os resultados destas legislativas “aliviam os riscos para a implementação do NGEU que surgiram devido a um impasse político no ano passado”, que levou à convocação de eleições antecipadas. “Dado o mandato reforçado deste Governo, é agora muito provável que Portugal receba os três mil milhões de euros em financiamento da UE este ano, que apoiarão o crescimento económico”.

No entanto, a Moody’s alerta que o crescimento do país continua a depender da execução do PRR, que vai acontecer entre 2022 e 2026. “O crescimento de Portugal continua limitado pela rigidez estrutural nos mercados de trabalho e de produtos, enquanto o investimento moderado, os baixos níveis de competências e a fraca inovação aumentaram o fosso de produtividade em relação aos pares”, refere a mesma nota.

Aquela agência acredita que “o peso da dívida de Portugal já começou a diminuir” em 2021 e espera que, até 2024, “o aumento da dívida relacionado com a pandemia tenha sido completamente desfeito”. A Moody’s estima, assim, que o défice orçamental continue a diminuir atingindo os 3,1% do PIB este ano.

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