Chama-se PHYS e é uma cabine que inativa o SARS-CoV-2 em peças de vestuário, calçado e outros objetos. Nasceu de uma parceria entre a fabricante MTEX NS, o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Citeve) e a Universidade Católica e demorou cerca de meio ano a ser desenvolvida.
“Encontramos uma tecnologia segura, eficaz em todo o tipo de superfícies e comprovada em laboratório”, destaca o diretor geral do Citeve. Braz Costa explica ao ECO que a cabine surgiu em prol de uma necessidade. “Com a pandemia os produtos, neste caso no setor têxtil, não podem voltar à estante depois de uma prova. Isto implica um grande constrangimento pois as peças que fossem parar ao provador teriam que fazer uma quarentena no mínimo de três dias e isso é completamente incompatível”.
As roupas, calçado e objetos demoram entre quinze a vinte minutos a ser desinfetados, embora não seja um tempo exato, refere Braz Costa. “O tempo depende de vários fatores, a concentração de ozono, a temperatura, se determinada peça tem plástico ou não – este material é onde o vírus tem maior prevalência, entre outros”, explica o diretor do Citeve.
De acordo com a fabricante MTEX NS, a PHYS “é uma cabine de desinfeção certificada, capaz de neutralizar o vírus SARS-CoV-2 em roupas, calçados e outros tipos de objetos”. A empresa localizada em Vila Nova de Famalicão explica ainda que a “PHYS combina a tecnologia 4.0 e geradores de ozono de última geração. Tecnicamente, consiste em uma estrutura que contém um compartimento interno onde é realizado um processo de desinfeção com base nas propriedades de esterilização por ozónio”.
A cabine já está a ser comercializada e está disponível em dois tamanhos, L e XL e pesa cerca de 390 e 590 quilos, respetivamente. Ambas têm cerca de dois metros de altura.