Se está a pensar comprar ou trocar de carro, e a sua escolha vai para um veículo do segmento pequeno e médio, a Deco Proteste alerta que a melhor opção é já neste momento um modelo elétrico.
“Hoje em Portugal são a opção mais barata para muitos consumidores e a melhor escolha ao longo da vida do veículo”, garante a organização de defesa dos consumidores com base num estudo recente que calculou os custos de propriedade e utilização das várias tecnologias disponíveis para três dimensões de automóveis: pequenos, do segmento médio e grandes.
Mostram as contas da Deco Proteste que — além de ser mais sustentável e melhor para o ambiente — um carro elétrico do segmento médio permite aos condutores que andem mais de 25 mil quilómetros por ano e mantenham o carro durante 6 anos poupar 6.300 euros comparativamente a um carro a gasóleo e 12.600 euros face a um carro a gasolina.
No entanto, mesmo para quem circule apenas até 5.000 quilómetros por ano já é possível obter vantagens com a opção pelo carro elétrico, garante a defesa do consumidor.
E acrescenta: “A poupança é, sobretudo, significativa para quem é proprietário de um elétrico em segunda e terceira mão, pois sofre menor desvalorização e beneficia ao máximo dos baixos custos de energia e de manutenção”.
O estudo simulou a compra com base nas tendências de evolução dos custos até 2030. No cálculo total foram considerados todos os custos com a utilização e a propriedade de automóveis de várias tecnologias – como o preço dos veículos e a depreciação do mercado, os custos e o consumo de combustível/eletricidade, os impostos, custos de seguro e manutenção.
De todos os carros, “o elétrico foi o que apresentou um custo de posse e utilização mais baixo, o que permite poupar desde o primeiro dia de uso”, garante a Deco Proteste.
Nas contas foram contabilizados os incentivos à compra, mas, mesmo excluindo essas ajudas, a defesa do consumidor diz que, ainda assim, em Portugal, “os carros 100% elétricos já são a tecnologia mais barata para modelos pequenos e médios”.
Já no caso dos modelos maiores, os elétricos só começam a ser competitivos nesta análise a partir de 2023, com a redução expectável do custo de aquisição e a aproximação aos veículos idênticos de outras tecnologias. A Deco Proteste dispõe já de um simulador no qual é possível descobrir o carro mais barato por quilómetro.
“Garantir estabilidade fiscal a longo prazo e a redução efetiva do preço dos elétricos, quer pelo aumento da oferta, quer pela redução do custo das baterias e, por consequência, do custo de aquisição” é, para Alexandre Marvão, especialista em Mobilidade da Deco Proteste uma necessidade.
O especialista referiu, ainda, em comunicado, que “o incentivo também deve passar pela retoma dos subsídios ao abate de veículos em fim de vida que tenham emissões elevadas, quando a troca se faça para aquisição de veículos elétricos (carros, motas ou bicicletas)”.
Além de Portugal, fizeram parte do estudo (realizado entre julho de 2020 e março de 2021) Espanha, Bélgica, Itália, França, Alemanha, Chipre, Lituânia e Eslovénia.