Presidente da República defende aposta na vacinação contra a Covid face ao aumento de casos

O Presidente da República lembra que quem tem “a palavra decisiva” sobre um eventual regresso de medidas mais restritivas para combater a pandemia é “o poder político” e defende a aposta na vacinação contra a Covid.

Com os casos de infeção por Covid a disparar em Portugal, os especialistas têm defendido o regresso da testagem da gratuita nas farmácias e do uso obrigatório de máscara na generalidade dos espaços fechados. No entanto, o Governo tem recusado voltar a impor estas medidas. Questionado pelos jornalistas sobre a posição do Executivo, Marcelo Rebelo de Sousa lembra que “o poder político não pode decidir sem ouvir os especialistas”, mas que “a palavra decisiva é do poder politico”.

“Portanto, espero, que, quando regressar a Portugal no começo da semana que vem, já estarei em condições de perceber o porquê de os especialistas terem proposto o que propuseram e, por outro lado, os responsáveis sanitárias terem entendido essa não é a resposta”, acrescentou o Chefe de Estado, em declarações transmitidas pela RTP3, durante a visita de Estado a Timor-Leste.

Ainda assim, o Presidente da República demonstra-se alinhado com a posição delineada pelo Governo. “Devo dizer que prefiro respostas pela positiva do que pela negativa”, sinaliza Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhando “é mais importante” e tem “efeitos mais duradouros” “aumentar a vacinação” contra a Covid “do que apenas aplicar restrições”.

Recorde-se que face ao aumento de casos de infeção em Portugal, o Governo decidiu antecipar a administração da segunda dose de reforço para os maiores de 80 anos. O processo arrancou esta semana e até quinta-feira já tinham sido vacinadas “mais de 12.600 pessoas”, segundo revelou o secretário de Estado Adjunto da Saúde.

Lacerda Sales adiantou ainda que haverá uma aceleração do processo a fim de que haja “um verão mais tranquilo, sem pressão” e, quando questionado, se no imediato, o processo de vacinação incluiria os profissionais de saúde, admitiu essa possibilidade, mas “só depois do verão”.

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