Regiões Porto e Norte e Galiza avançam com cluster transfronteiriço turístico
Turismo Porto e Norte e Cluster de Turismo da Galiza querem criar cluster de turismo transfronteiriço para conquistarem novos mercados internacionais. Na mira estão o Brasil, Venezuela ou Argentina.
“Porque não vender a ideia dois países, uma euroregião?”. É este o desafio lançado pelo presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins, e do Cluster de Turismo da Galiza, Cesáreo González Pardal, para promover as duas regiões como uma só, noutros mercados internacionais. Querem ainda criar uma rota turística religiosa entre Fátima, Santa Luzia (em Viana do Castelo) e Santiago de Compostela.
À margem do evento Galicia Meets Portugal, no espaço WOW – World of Wine, em Vila Nova de Gaia, Luís Pedro Martins e Cesáreo González Pardal defenderam a criação de um cluster de turismo transfronteiriço das regiões Norte de Portugal e Galiza. O objetivo é claro: a promoção conjunta como um só destino, junto de outros países europeus, mas principalmente dos mercados do Brasil, Venezuela, Argentina e Miami (EUA).
Este projeto, ainda embrionário, visa reunir sinergias e estreitar relações entre as duas regiões. “Juntos somos mais fortes”, defende Cesáreo González Pardal, adiantando que o Norte de Portugal e a Galiza partilham da mesma filosofia de promoção turística cimentada no património, enoturismo, gastronomia ou náutica. Além de potenciarem os trunfos de cada uma, como por exemplo a vantagem do Porto em ter “um aeroporto com um elevado número de passageiros, o que não acontece nos três aeroportos da Galiza”. Mais ainda, sustenta Luís Pedro Martins, “muitos turistas internacionais entram pelo Porto”.
O projeto vai, entretanto, ser alvo de candidatura a fundos comunitários europeus. E as duas entidades vão sentar-se novamente à mesa, mas desta vez com os operadores turísticos portugueses “para decidir que tipo de alianças serão feitas para vender os dois países como um só destino”, adianta o presidente do Cluster de Turismo da Galiza.
Mercado britânico dispara no Porto e Norte
Ainda assim, divulgou Luís Pedro Martins, a recuperação do pós-pandemia “foi muito boa. Na Páscoa tivemos taxas acima dos 90%, recuperando em mercados que eram habituais do Porto e Norte”. Outra mais-valia é o facto de a região estar a captar novos mercados, como o britânico que tem tido uma forte representatividade. Para isso, acredita o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, em muito tem contribuído o facto da British Airways ter passado de seis para 16 voos por semana.
A nossa ambição é atingir os números de 2019 que são 6 milhões de turistas, 12 milhões de dormidas.
“A nossa ambição é atingir os números de 2019 que são 6 milhões de turistas, 12 milhões de dormidas”, avançou o responsável português.
“Se a guerra não provocar nenhum contratempo mais do que aquele já está a provocar, acredito que conseguimos chegar ao final do ano muito perto desses números e em 2023 atingi-los”, afirmou. Mais, alertou, “não sabemos qual vai ser o comportamento do mercado alemão — era o quarto da região Porto e Norte — e que está muito próximo da guerra e isso preocupa-nos”.
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