ISEC avança com cursos de dupla titulação com universidades do Brasil

Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) vai avançar com cursos de dupla titulação com universidades brasileiras. Engenharias Civil e Mecânica deverão ser as primeiras a arrancar.

O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) está a desenvolver diligências no sentido de avançar com cursos de dupla titulação com universidades brasileiras, devendo ser as engenharias Civil e Mecânica as primeiras a arrancar. Os estudantes passam a frequentar aulas presenciais no instituto português e nas respetivas universidades no Brasil, mas têm aulas online em comum, avançou o ISEC em comunicado.

A internacionalização do ensino e a investigação aplicada ao mercado do Brasil é uma das prioridades do ISEC neste momento”, frisa o presidente do instituto português, Mário Velindro, depois de ter reunido, em Brasília, com o Ministério da Educação do governo federal. A 7 de julho é a vez do ministro da Presidência do Brasil, general Luiz Ramos, visitar as instalações do ISEC, em Coimbra.

Com esta iniciativa, alunos brasileiros podem completar ciclos de estudos em Coimbra e os do ISEC podem fazer o mesmo no Brasil. No final dos cursos, os estudantes são simultaneamente diplomados pelo ISEC e pela universidade brasileira correspondente. O presidente do instituto português, Mário Velindro, acredita por isso, que existe “um grande potencial” nos mercados de estudantes brasileiros e empresarial do Brasil, sublinhando que se está “a construir uma enorme janela de oportunidades para os próximos anos”.

A internacionalização do ensino e da nossa investigação aplicada ao mercado do Brasil é uma das prioridades do ISEC neste momento.

Mário Velindro

Presidente do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra

Além dos processos de dupla titulação, também deverá ser criado um observatório para o acompanhamento de alunos bolseiros Erasmus+. Entretanto, o ISEC e a escola de negócios privada IBMEC – especializada em Gestão de Negócios, Gestão Industrial, Engenharia Civil, Engenharia Eletrotécnica e Direito – passam a “desenvolver áreas de investigação conjunta entre docentes das duas instituições, assim como a trabalhar na modernização de conteúdos programáticos na área da engenharia e da gestão industrial“, divulga o ISEC na mesma nota enviada às redações.

Em cima da mesa está ainda a realização de pós-graduações online com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do Brasil, no âmbito de parcerias com empresas portuguesas e brasileiras de vários setores da engenharia. Será, para isso, constituído um grupo internacional de docentes e de responsáveis pelas relações internacionais, do ISEC e de outras instituições de ensino superior do Brasil, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.

Foi ainda firmada outra colaboração entre o presidente do ISEC e o coordenador-geral de cooperação internacional do Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Lelio Fellows Filho. Desta pareceria resulta, adianta o instituto português, a colaboração do ISEC com “a plataforma internacional de desenvolvimento científico e tecnológico do CNPQ-Brasil e a participação num grupo de reflexão sobre como se deverá processar, no futuro, a investigação científica no âmbito da engenharia, nas instituições de ensino superior”. Segundo Mário Velindro, o objetivo do grupo de reflexão consiste em “potenciar a investigação aplicada para que ela tenha um maior output empresarial”.

Ainda no âmbito das diligências desenvolvidas no Brasil, Sandoval Feitos, presidente da entidade reguladora energética daquele país, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), vai integrar a comitiva que participa em setembro, em Coimbra, na conferência internacional sobre energia. Esta iniciativa é organizada pelo ISEC e pela ANEEL sob a temática “Os desafios para o setor energético na próxima década”, contando ainda com a participação de académicos e responsáveis estatais de Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

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