Plano de ação do Parque Nacional Peneda Gerês em consulta pública em outubro
A discussão pública do plano de ação, previsto para os próximos seis anos na Serra da Estrela, arranca em outubro deste ano. Engloba projetos de vários milhões de euros.
O presidente da Comissão de Cogestão do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), José Manuel Esteves, avançou, esta sexta-feira, que a discussão pública do plano de ação para os próximos seis anos se inicia em outubro e prevê projetos de vários milhões de euros.
Segundo João Manuel Esteves, os projetos previstos no plano de cogestão do PNPG, já aprovado pelos municípios que integram o parque, assentam em “três objetivos centrais: a promoção do território, o desenvolvimento socioeconómico da população, que reside naquela área, assim como conservação e valorização do parque”.
Contactado pela agência Lusa, a propósito da inauguração, na quinta-feira, do parque biológico da Porta do Mezio, em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, o social-democrata defendeu “uma atenção especial do Governo na criação de um mecanismo de financiamento específico para o parque, tendo em atenção a relevância que tem em termos ambientais, tanto no contexto nacional como internacional”.
O social-democrata insistiu, junto do secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestas, João Paulo Marçal Lopes Catarino, durante a inauguração do parque biológico da Porta do Mezio, na necessidade de criação, naquele território, de uma Intervenção Territorial Integrada (ITI), um mecanismo que permita agilizar o acesso a fundos comunitários.
Segundo João Manuel Esteves, aquele governante referiu que, “nos últimos sete anos, foram investidos no PNPG cerca de nove milhões de euros e que era natural que os municípios, abrangidos pelo parque, estivessem a reivindicar o dobro”. O autarca reclamou, por isso, que “no próximo quadro comunitário este investimento tem de ser substancialmente reforçado”.
O PNPG atravessa 22 freguesias, situa-se no extremo noroeste de Portugal, na zona raiana entre Minho, Trás-os-Montes e a Galiza, atravessando os distritos de Braga (Terras de Bouro), Viana do Castelo (Melgaço, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca) e Vila Real (Montalegre), tendo uma área total de 70.290 hectares.
A autarquia referiua ainda, num comunicado, que o parque biológico da Porta do Mezio foi alvo de “um conjunto de intervenções, tendo em vista a execução da 2.ª fase da Área de Intervenção Específica (AIE) da Porta do Mezio, consagrada no Plano Operacional de Gestão (POG) e prevista no Programa de Execução do Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PO-PNPG)”.
Com a criação de um parque biológico na Porta do Mezio “pretende-se promover a educação ambiental e o direto contacto com a natureza, explorando e desenvolvendo mecanismos de aproveitamento da fauna e da flora locais, retratando os seus vários aspetos. Inclusivamente, o projeto contribuirá para a preservação e valorização da natureza e da biodiversidade”.
O parque “apresenta uma seleção de cerca de 22 espécies de animais, nomeadamente javali, corço e veado, além da galinha-preta-Lusitânica, ovelha-churra-do-Minho e vaca cachena, inseridos num espaço destinado a funcionar como quinta pedagógica, de acordo e em cumprimento com as regras de bem-estar animal”.
Classificado desde 2009 como Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés, o PNPG é constituído pelos territórios que integram o Parque Natural da Baixa Limia-Serra do Xurés, na Galiza, Espanha e, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, no distrito de Viana do Castelo, em Portugal.
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