Cerveira integra rede europeia para valorizar castelo

"Castelo de Vila Nova de Cerveira vai ser apresentado, a nível europeu, como um caso de reflexão sobre o modo de encarar o futuro de um património", no âmbito de uma rede europeia.

A Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira integra até 2025 uma das 30 Redes de Planeamento de Ação do Programa Urbact – AR.C.H.ETHICS — Architecture (arquitetura), Citizenship (cidadania), History and Ethics (história e ética). Este projeto coloca o património “dissonante” da União Europeia (UE) no centro da agenda de desenvolvimento local urbano de modo a tornar as cidades/vilas mais atraentes e inclusivas. No caso de Cerveira, o objetivo do município é transformar este monumento nacional “num espaço de participação dos jovens e da comunidade local”.

Esta rede integra nove municípios europeus de “diferentes dimensões que partilham a presença de um património dissonante desafiante e muito diversificado”, explica a autarquia liderada pelo socialista Rui Teixeira. Por património dissonante entenda-se aquele que transmite uma ligação problemática entre os elementos físicos – edifícios, ruas, praças, bairros – e o contexto histórico e político, e os valores que os produziram no passado, elucida a câmara local.

“O Castelo de Vila Nova de Cerveira vai ser apresentado, a nível europeu, como um caso de reflexão sobre o modo de encarar o futuro de um património que faz parte de uma comunidade, mas que acaba por servir apenas os interesses dos turistas“, adianta o município.

Transformar o castelo num espaço de participação dos jovens e da comunidade local.

Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira

No caso de Vila Nova de Cerveira, o castelo de Cerveira surge como um elemento central da comunidade. “Em conjunto com os principais atores da comunidade local, a proposta é pensar e ativar novas dinâmicas inclusivas que equilibrem a adaptação à mudança, mantendo o sentido de pertença e a utilização deste monumento nacional, articulando uma nova reutilização com os valores históricos, relacionais e as características identitárias da comunidade local”, resume a autarquia.

A Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira prevê, com esta rede, recuperar a relação social e restaurar a centralidade do castelo na vida da comunidade dentro e fora das muralhas. Além de desenvolver conhecimentos holísticos sobre a gestão e reabilitação deste património fortificado, a autarquia quer ainda “transformar o castelo num espaço de participação dos jovens e da comunidade local”.

Nesta rede, o município tem a oportunidade de trocar experiências, impulsionando a partilha e a capacitação para a gestão sustentável do património “dissonante”.

Além de Vila Nova de Cerveira, fazem ainda parte do projeto o município de Cesena (Itália) – como coordenador – e as cidades de Kazanlak (Bulgária), Cracóvia e Gdansk (Polónia), Bétera (Espanha), Leros (Grécia), Leipzig (Alemanha) e Permet (Albânia).

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