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Três acionistas da Cofina SGPS por detrás do MBO à Cofina Media

Carla Borges Ferreira,

Onze investidores e uma sociedade veículo estão por detrás da potencial compra da Cofina pelos seus próprios gestores (MBO). Três acionistas estão envolvidos.

Para além de Luís Santana e Octávio Ribeiro, também Paulo Fernandes (ao centro), Domingos Vieira de Matos e João Borges de Oliveira participam no MBO.MIGUEL A. LOPES/LUSA

Domingos Vieira de Matos, Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira são três dos 11 investidores que participam na operação de management buy out (MBO) à Cofina. No total, os também atuais acionistas da Cofina SGPS detém cerca de 41% do grupo, agora alvo da operação.

Por detrás do potencial MBO à Cofina está a “sociedade veículo Expressão Livre, SGPS, que será detida direta ou indiretamente” por 11 investidores, segundo um comunicado da empresa, que detém o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios, ao mercado para esclarecer pormenores da proposta.

Para além dos três empresários, o grupo é constituído por Luís Santana, Ana Dias, Octávio Ribeiro, Isabel Rodrigues, Carlos Rodrigues, Luís Ferreira, Carlos Cruz e Cristiano Ronaldo, indica a nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira (10,02%), Domingos José Vieira de Matos (12,09%), Paulo Jorge dos Santos Fernandes (13,88%), João Manuel Matos Borges de Oliveira (15,01%) e Ana Rebelo Carvalho Menéres de Mendonça (19,98%) constituem o núcleo acionista da Cofina e, em conjunto, detém 70,98% do grupo dono da Cofina Media.

Considerando que alguns dos investidores são simultaneamente membros do conselho de administração da Cofina, a Cofina assegurará a estrita observação de todas as disposições legais aplicáveis a transações com partes relacionadas”, prossegue a Cofina SGPS no comunicado enviado ao mercado.

Não envolvendo acionistas do grupo, o conselho de administração da Cofina SGPS estaria mandatado para decidir a venda da Cofina Media, o principal ativo do Cofina SGPS. Nas atuais circunstâncias, mais de um terço da Cofina SGPS é detida pelos investidores que participam no MBO – e cujos direito de voto ficam inibidos – o que pode abrir caminho para o lançamento de uma OPA.

Na última semana, recorde-se, a Media Capital anunciou, em comunicado enviado à CMVM, que mantinha o interesse na compra da Cofina. O grupo “assume o compromisso de participar no processo de alienação do referido ativo que venha a ser promovido pela Cofina, organizado em modelo de leilão ou outro, e desde que pautado por regras objetivas e transparentes, mediante a apresentação de uma proposta que atribui à Cofina Media um entreprise value superior a 75 milhões de euros”, dizia na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Apesar do comunicado, a Media Capital ainda não apresentou nenhuma proposta vinculativa, o que faz com que a proposta da Expressão Livre, SGPS seja até ao momento a única em cima da mesa.

Setenta e cinco milhões de euros foi a avaliação da Cofina prevista na oferta formalizada no final de junho pelo grupo de investidores liderado pelos administradores da empresa, por Cristiano Ronaldo e, sabe-se agora oficialmente, por três acionistas do grupo.

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