Serviço metrobus de Gaia arranca esta sexta-feira com autocarro da MGC a biodiesel
Para já serão usados autocarros a biodiesel e não elétricos e/ou a hidrogénio como a autarquia anunicou na apresentação. Serviço será gratuito até 31 de dezembro.
O serviço de vaivém no corredor BUS de alta capacidade na Estrada Nacional 222 (EN222), denominado pela Câmara de Gaia por metrobus, arranca esta sexta-feira como previsto, mas com a MGC como operador e com autocarros a biodiesel.
Em respostas enviadas à Lusa, fonte oficial da Câmara de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, confirmou que o serviço arrancará na sexta-feira, consistindo num vaivém com frequências de 10 em 10 minutos entre a estação de metro de D. João II e a zona de Baiza, em Vilar de Andorinho, servindo “todo o interior da urbanização da Rua Condessa Paço Vitorino”.
O serviço terá ainda “uma regularidade de 15 em 15 [minutos] e de 20 em 20 nos períodos de não ponta ou em algumas alturas de feriados e fim de semana“, conforme disse o presidente da Câmara, Eduardo Vítor Rodrigues, na apresentação do serviço, a 14 de julho.
O serviço será gratuito até 31 de dezembro, com o objetivo de “evoluir, cativar, fazer charme às pessoas, para que elas voltem ou venham para o transporte público urbano”, segundo o autarca, utilizando depois bilhética Andante.
Na prática, trata-se de uma faixa BUS de alta capacidade entre a Rotunda Afonso de Albuquerque e os Arcos do Sardão, que também permitirá a circulação de bicicletas e outros meios de mobilidade suave, tendo o presidente da autarquia reconhecido que não se trata de um modelo de metrobus puro.
Ao contrário do anunciado em julho, o serviço não será operado já pela Feirense, vencedora do lote da futura concessão da nova rede metropolitana UNIR, mas “avançará com o operador que está no terreno, atendendo a que o novo operador entra em operação em momento posterior”, em novembro.
Porém, num primeiro momento, em março, a Câmara Municipal de Gaia tinha anunciado que estava a preparar um concurso público para a operação do metrobus, “respeitando a concessão” dos atuais operadores de transportes (como a MGC) cujas licenças provisórias terminam a 3 de dezembro, “dando-lhes até majoração na avaliação de propostas”.
Na resposta à Lusa esta quinta-feira, a autarquia liderada por Eduardo Vítor Rodrigues (PS) afirmou que “o concurso foi realizado junto dos operadores detentores da concessão (atual e futura), uma vez que têm direito de exclusividade (“critério material”) para o efeito”, e “com base no preço encontrado, a MGC assumiu o serviço“.
Confirma-se esse critério [do uso de autocarros elétricos e/ou a hidrogénio], ainda que no momento inicial sejam usadas viaturas a biodiesel, enquanto decorre a aquisição das demais.
A autarquia também tinha anunciado que o serviço iria ser realizado num autocarro elétrico e/ou a hidrogénio, tendo um autocarro com estas características sido utilizado na apresentação oficial do serviço, a 14 de julho, mas para já serão usados autocarros a biodiesel.
“Confirma-se esse critério [do uso de autocarros elétricos e/ou a hidrogénio], ainda que no momento inicial sejam usadas viaturas a biodiesel, enquanto decorre a aquisição das demais”, pode ler-se na resposta de fonte oficial da Câmara de Gaia à Lusa.
A autarquia está também a efetuar obras de melhoria em redor da estação de metro de D. João II, que “consistem na criação de corredor BUS para agilizar a chegada do autocarro ao terminal do metro, melhorando assim a operação”.
A primeira fase da empreitada, inicialmente orçada em 3,8 milhões de euros, sofreu um aumento de 300 mil euros para 4,1 milhões, referiu, devido a “acertos de obra no terreno” e não à inflação.
A segunda fase do projeto, até à rotunda de Avintes, custará até oito milhões de euros e envolverá, à semelhança da primeira fase, a requalificação de todas as estruturas de redes subterrâneas, com conclusão prevista para depois de 2025, chegando depois a Crestuma e Lever.
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