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Impresa afasta aumentos generalizados em 2024 e negoceia rescisões amigáveis

Carla Borges Ferreira,

O grupo está a negociar rescisões com "um número reduzido de pessoas", avança ao +M sem detalhar pormenores. Sem aumentos generalizados, o subsídio de refeição vai aumentar cerca de 28 euros por mês.

A Impresa afasta aumentos salariais generalizados em 2024. “Em 2023, a Impresa aumentou os vencimentos das pessoas com salários abaixo da média, incluindo a subida do salário mínimo praticado no grupo, que passou de mil euros brutos para 1.350 euros ilíquidos. Esses aumentos generalizados, que representaram um esforço significativo da empresa, não serão possíveis em 2024, por razões conjunturais, tais como a inflação e o aumento dos juros, bem como a previsível evolução do mercado publicitário”, confirmou ao +M fonte oficial do grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão.

A informação tinha sido avançada na última sexta-feira à Comissão de Trabalhadores (CT) da SIC, que esteve reunida com o CEO do grupo, com o o diretor de recursos humanos e com a diretora jurídica. De acordo com o comunicado da CT ao qual o ECO teve acesso, a administração informou os representantes dos trabalhadores que os resultados do grupo “estão aquém do previsto, essencialmente devido ao peso dos juros e da dívida e à quebra de audiências e consequente diminuição do investimento publicitário”, pelo que seria”improvável repetir no próximo ano, tal como em 2023, aumentos salariais para a grande maioria dos trabalhadores”. A opção poderá recair, prosseguia o comunicado, em “reajustes salariais em determinadas situações”.

Garantido, para já, está um aumento de cerca de 28 euros por mês no subsídio de refeição. “A Impresa irá aumentar o subsídio de alimentação de todos os seus trabalhadores, do atual valor diário de 8,32 euros para 9,60 euros”, confirma fonte oficial.

O final do ano vai ficar marcado também por rescisões no grupo dono da SIC e do Expresso. À CT foi dito que estão a ser negociadas rescisões amigáveis com alguns trabalhadores, a maioria dos quais já teria mostrado interesse no passado em sair da empresa.

Fonte oficial do grupo acrescenta a +M que “na altura da definição do plano e orçamento para o ano seguinte, à semelhança de outras empresas, a Impresa entrou em contacto com determinadas pessoas com vista à negociação amigável para a rescisão por mútuo acordo dos seus contratos de trabalho“. Foi privilegiado, garante, “quem manifestou interesse anterior ou quem cumpre determinados critérios, nomeadamente no que respeita à proximidade com a idade da reforma”.

O grupo não avança número de trabalhadores envolvidos neste processo. “Estima-se que seja abrangido um número reduzido de pessoas, mesmo contando com um ajustamento funcional que o grupo também efetuou em algumas áreas mais técnicas ou de suporte, o que resultou na fusão de direções”, avança apenas.

Questionado sobre as áreas mais técnicas ou de suporte nas quais a fusão de direções está a ser preparada, a Imprensa não avançou detalhes. Para o próximo dia 14 de dezembro, com estes temas em cima da mesa, está marcado um plenário de trabalhadores da SIC.

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