Lionesa já arrendou 25% dos escritórios do projeto de expansão, apesar de não ter licenciamento da câmara
Num investimento de 40 milhões de euros, “a Lionesa vai crescer para Sul entre 27 a 29 mil metros quadrados com área de coliving, escritórios e túnel pedonal". Vai acolher mais 3 mil pessoas.
Os donos do Lionesa Business Hub (LBH), em Matosinhos, já arrendaram 25% dos escritórios do projeto de expansão para Sul, apesar de a empreitada ainda não ter licenciamento. O CEO Pedro Pinto conta que a aprovação da autarquia chegue “dentro de duas a três semanas” para arrancar com a obra em junho e estar pronta até 2026.
Há já algum tempo que Pedro Pinto diz esperar pelo licenciamento do projeto de expansão para Sul. “Já deveriam ter começado há um ano as obras de 40 milhões de euros, que incluem edifícios de escritórios, uma zona de coliving e um túnel pedonal de 234 metros [que vai fazer a ligação entre a antiga fábrica de sedas e o Mosteiro de Leça do Balio]“, assegurou em declarações ao ECO/Local Online.
O prazo da conclusão, inicialmente apontado para 2025, acabou por derrapar para 2026 no caso da construção de edifícios de escritórios e área coliving, e para 2027 para a abertura ao público do túnel. Estas são as datas agora apontadas pelo CEO da Lionesa, partindo do princípio de que a “câmara finalmente licencie a obra dentro de duas a três semanas”.
Pedro Pinto acredita que o processo foi desbloqueado depois de uma reunião, esta quinta-feira, com o município de Matosinhos. “Ainda não fomos notificados do deferimento da câmara, mas estamos confiantes de que vai acontecer”. Contactada pelo ECO, a autarquia não quis prestar declarações sobre este assunto.
Com este impasse no arranque da obra, Pedro Pinto garantiu “estar a perder dinheiro e timing“, uma vez que já tem “25% dos escritórios arrendados e o mercado de escritórios está sempre em mutação”. Este projeto de expansão vai permitir acolher mais 3.000 pessoas que somam aos 7.000 colaboradores deste centro empresarial, calculou.
Num investimento de 40 milhões de euros, “a Lionesa vai crescer para Sul entre 27 a 29 mil metros quadrados com área de coliving, escritórios e um túnel que faz ligação até ao Mosteiro de Leça do Balio”, resume Pedro Pinto. Esta empreitada insere-se no âmbito de um projeto mais alargado que inclui nomeadamente a empreitada da recuperação do Mosteiro de Leça do Balio e a criação de uma escultura, da autoria de Siza Vieira, que estão prontos já em junho deste ano.
Uma segunda fase do projeto abrange a construção de um jardim filosófico, da autoria do arquiteto paisagista Sidónio Pardal, com conclusão prevista para 2025. Por fim, completa, uma terceira etapa contempla o túnel pedonal de 234 metros. “Aqui vamos criar experiências relacionadas com o Caminho de Santiago e abrir ao público em 2027”, resume.
Pedro Pinto está convicto de que este projeto vai impulsionar o turismo da região Norte com a atração de milhares de visitantes, além de lançar uma nova dinâmica cultural e económica. “Tudo isto vai fazer da Lionesa um caso ímpar na Europa porque estamos a ajudar a transformar o território”, sublinha.
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