Grupo Casais monta residência “híbrida” em Valença em apenas nove dias

Depois da construção do primeiro hotel híbrido em Portugal, a construtora de Braga está a usar o mesmo modelo para a edificação de duas residências para estudantes, em Valença e em Beja.

Em apenas nove dias, o Grupo Casais terminou a montagem da estrutura da residência que irá acolher 56 estudantes do Instituto Politécnico de Valença. O projeto foi concretizado através de um sistema híbrido com recurso a betão e madeira. Num investimento total de dois milhões de euros, a residência estará disponível para receber alunos a partir do segundo semestre do próximo ano letivo 2024/2025.

Localizada na Avenida Pinto Mota, a residência tem uma área de construção de 1.200 metros quadrados, composta por 24 quartos duplos e oito individuais, salas de estudo, cozinha, espaços de refeições e espaços de convívio.

“A residência universitária de Valença é a primeira obra deste sistema de industrialização que fazemos num projeto público, onde estamos certos de que trará um impacto muito positivo para a comunidade”, afirma António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais.

“Esta construção, que agora damos por concluída, está totalmente alinhada com os valores do Grupo Casais, tal como a que estamos a desenvolver em Beja. O nosso foco é a inovação, com o intuito de contribuir para um setor mais sustentável, acreditando que o tipo de soluções que implementámos são mais eficientes em termos de robustez, qualidade e de tempo de execução”, acrescenta o gestor.

A residência universitária de Valença é a primeira obra deste sistema de industrialização que fazemos num projeto público.

CEO do Grupo Casais

António Carlos Rodrigues

Em comunicado, a construtora de Braga, afirma que a “Câmara Municipal de Valença é pioneira na adoção deste tipo de construção, sendo que esta é a primeira obra pública com a solução industrializada”. Para a Casais, este novo modelo de construção sustentável vem “mudar o paradigma” ao “permitir uma construção mais sustentável, célere, menos poluente e que representa também menos riscos de segurança para os colaboradores”.

A empresa liderada por António Carlos Rodrigues destaca ainda que o “sistema implementado nesta construção reduziu para metade o tempo de desenvolvimento face ao modelo tradicional de construção“. O gestor da empresa minhota explicou ao ECO que este tipo de construção usa apenas um terço do betão de um edifício tradicional, o que significa uma redução da pegada de carbono superior a 60%.

Em marcha está também a Residência Universitária de Beja, junto à Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico, desenvolvida no mesmo modelo adotado em Valença. Esta construção arrancou no início de 2024 e prevê-se que esteja concluída até ao final de 2025.

Neste momento, o Grupo Casais está a desenvolver a fase de execução das fundações em obra e a iniciar o fabrico das soluções CREE em fábrica, bem como as soluções de industrialização de interiores em fábrica (casas de banho). O valor da empreitada, que albergará 503 residentes distribuídos por 327 alojamentos, ronda os 17 milhões de euros.

Para apostar neste modelo de construção sustentável, o grupo de Braga tornou-se acionista da austríaca Cree Holdings, com quem já tinha uma parceria há vários anos. António Carlos Rodrigues acredita que esta é a “construção do futuro” e está convencido que, “se nas próximas décadas apostarmos numa construção mais sustentável, o futuro ficará mais garantido”

No ano passado, depois da construção do primeiro hotel híbrido em Portugal, localizado em Guimarães, o grupo Casais, anunciou a construção do primeiro edifício a madeira e betão em Espanha, o Hotel B&B Madrid Tres Cantos, situado na capital espanhola.

Fundada a 23 de maio de 1958, a Casais é uma das maiores empresas do setor da construção em Portugal, mantendo o cariz familiar. Em 1994 iniciou o processo de internacionalização, na Alemanha, seguindo depois para Angola (1999). Atualmente, o grupo opera em 17 países e fechou o ano de 2023 com um volume de negócios agregado de mais de 712 milhões de euros, sendo os mercados internacionais responsáveis por 342 milhões de euros.

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