“As pessoas estão mais interessadas em ouvir outras pessoas do que marcas”, diz responsável do LinkedIn
A advertising sales & chief growth executive no LinkedIn diz ser importante que profissionais com cargos executivos amplifiquem a voz e as mensagens das marcas, até por uma questão de confiança.
“As pessoas estão mais interessadas em ouvir outras pessoas do que marcas“, entende Katheline Jean-Pierre, advertising sales executive & chief growth executive no LinkedIn, numa conversa com o +M sobre a forma como marcas e profissionais se podem destacar na plataforma.
Segundo a responsável, é importante ter profissionais com “c-level profiles” – ou seja, cargos executivos, como CEO (chief executive officer), COO (chief operating officer), CFO (chief financial officer), CMO (chief marketing officer) ou CCO (chief communications officer) – que amplifiquem a voz e as mensagens das marcas na plataforma e que falem sobre a sua experiência de trabalho na empresa.
Mencionando estudos feitos pela rede social que integra, Katheline Jean-Pierre, que esteve em Portugal para uma conferência na Nova IMS, explica que as pessoas — tanto enquanto possíveis consumidores ou como futuros trabalhadores — preferem ouvir e ler os testemunhos de pessoas que representem as marcas, desde logo porque confiam mais em outras pessoas do que em marcas.
“Obviamente é importante que a marca ou empresa — seja em que ponto for do globo — partilhe mensagens, mas as pessoas gostam da autenticidade da voz de executivos, que falem sobre a sua experiência. Isso é extremamente importante“, diz.
Além disso, as pessoas tendem a confiar mais nos CEO se estes forem mais ativos nas redes sociais, sublinha, referindo que a utilização ética da inteligência artificial, o futuro do trabalho, diversidade, inclusão ou o atual estado geopolítico do mundo são alguns dos tópicos sobre os quais as pessoas querem ouvir os CEO.
A voz destes executivos pode também, desde há cerca de um ano, ser amplificada na plataforma, através do “Thought Leader Ads“, um formato pago que “muitas marcas estão a usar” e que foi lançado de forma a “poder amplificar as mensagens dos líderes das marcas, para ajudá-las a ganhar mais notoriedade“, explica Katheline Jean-Pierre, que vê nesta funcionalidade um “grande game changer“.
O LinkedIn conta atualmente com cerca de mil milhões de membros, 61 milhões de empresas, 15 milhões de vagas, 50 mil competências (skills), 60 mil estabelecimentos de ensino e 190 mil milhões de updates vistos, o que permite à plataforma ter uma visão abrangente do mercado de trabalho a nível global.
“Nós temos uma representação, em tempo real, da força de trabalho mundial. Isso permite-nos prever quais são as competências em falta numa determinada cidade, quais são as novas competências de nicho em voga (trending) e quais são as competências que estão a perder popularidade“, explica Katheline Jean-Pierre.
“E isto é importante porque o mundo tem mudado bastante e temos assistido a diferentes fases de evolução tecnológica. Depois da computação em nuvem, agora é a inteligência artificial generativa que está a transformar o caminho a trilhar, pelo que as competências relacionadas com esta tecnologia a estarem a ser as mais procuradas”, acrescenta.
De facto, a inteligência artificial e a capacitação nesta área é uma das formas que os profissionais têm para poder crescer, podendo também para isso contar com a ajuda do LinkedIn, que disponibiliza a aula “O que é a IA generativa”, que já foi frequentada por 175 mil pessoas, segundo Katheline Jean-Pierre.
“Acho que essa é uma mudança importante para todos os profissionais, incluindo marketeers. Quando olhamos para as hashtags na plataforma, a IA é uma das maiores bolhas, o que significa que as pessoas estão muito interessadas em saber mais. Faz parte de todas as conversas e das novas competências do presente mas também do futuro. Por isso, penso que as aulas sobre inteligência artificial vai ajudar os profissionais da área do marketing que queiram crescer a prepararem-se para as competências do futuro“.
De facto, segundo o Linkedin Workplace Report 2024, quatro em cada cinco pessoas querem aprender mais sobre como utilizar inteligência artificial na sua profissão.
Mas o LinkedIn disponibiliza também outras aulas, através do LinkedIn Learning, que conta com aulas recomendadas para cada um dos profissionais registados na plataforma mas também com aulas indicadas para o tipo de empregos que os profissionais procurem ou o tipo de competências que queiram desenvolver, pelo que o LinkedIn Learning é uma forma de os profissionais “melhorarem” a sua carreira, entende a advertising sales executive & chief growth executive da plataforma.
Já em termos de marcas, o LinkedIn pode ajudá-las a crescer através de insights sobre como anunciar melhor na plataforma. Mas a advertising sales executive & chief growth executive da plataforma sublinha a necessidade de as mensagens evocarem emoções, de forma a serem mais memoráveis, o que permite por sua vez uma maior propensão à conexão com os consumidores e, eventualmente, a sua conversão.
O essencial para as marcas passa por serem “confiáveis”, sendo a confiança algo “inegociável” no que diz respeito à inteligência artificial, diz Katheline Jean-Pierre, referindo que 72% das pessoas querem ter a certeza que podem confiar numa marca que usa/fornece serviços e produtos com base em inteligência artificial.
“Se és uma marca, tens de ter a certeza que possuis uma política elevada em relação a IA de confiança, ética e responsável”, acrescenta.
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