Jornal Público prepara reestruturação. Estratégia será apresentada nos próximos dois meses
A "análise da estratégia a seguir" deve ser apresentada em novembro, avança Cristina Soares. Uma equipa do Financial Times esteve a estudar possíveis caminhos.
A administração do jornal Público estará a preparar um plano de reestruturação para o jornal. De acordo com a informação à qual o ECO/+M teve acesso, e que foi avançada pela administração à comissão de trabalhadores, o plano será apresentado entre outubro e novembro e estará a ser desenhado na sequência de um estudo levado a cabo por uma equipa do Financial Times, que terá apresentado um relatório com recomendações sobre os caminhos a seguir pelo título da Sonaecom.
O relatório do Financial Times, que abordará tanto a componente da receita como da despesa, estará neste momento a ser estudado pela administração e direção editorial do Público, e já terá sido solicitado pela comissão de trabalhadores. A administração do diário terá no entanto remetido a divulgação das conclusões do estudo para outubro, primeira data prevista para apresentar o plano. “Vai ser preciso fazer diferente do que estamos a fazer hoje”, terá sido a informação avançada por Cristina Soares aos representantes dos trabalhadores.
Apesar de “plano de reestruturação” ter sido a expressão utilizada entre administração e comissão de trabalhadores, Cristina Soares, contactada pelo +M, garante que está apenas a ser feita uma “análise da estratégia a seguir”, tal “como acontece todos os anos”. “Estamos a estudar, a fazer análises. As iniciativas que vão resultar desta análise ainda não estão definidas”, assegura. Cristina Soares conta apresentar a estratégia entre o final de outubro e o mês de novembro, avançou ao +M.
Entretanto, já em julho, a administração reuniu com a comissão de trabalhadores e comunicou que a empresa vai adotar a Portaria de Extensão do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) dos Jornalistas, decorrente da sua obrigatoriedade legal. A adoção será efetivada em outubro, com efeitos retroativos a janeiro, e terá, segundo foi comunicado, e confirmado agora ao +M, um impacto estimado em meio milhão de euros nas contas da empresa.
A implementação da portaria, que só se aplica a jornalistas, vai aumentar o vencimento base de 49 funcionários, o subsídio de refeição de 152 e ainda alterar a isenção do horário de trabalho de 130 jornalistas.
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