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Marcas aproveitam o Halloween para assustar (e cativar) consumidores. Conheça as campanhas

Rafael Ascensão,

A celebração do Halloween tem registado uma tendência crescente na sociedade, incentivando ao consumo. As marcas aproveitam e tentam capitalizar esse interesse através de campanhas.

Com campanhas mais ou menos assustadoras, as marcas aproveitam o Halloween para chegar até aos consumidores e tentarem aumentar as suas vendas, principalmente nos países anglófonos – com destaque para os EUA – onde o Halloween tem maior expressão.

A celebração do Halloween – tradição pagã e secular – tem vindo a firmar-se na sociedade, principalmente entre as gerações mais jovens. Segundo a YPulse, 91% dos jovens entre os 12 e os 26 anos planeiam celebrar esta data, com grande parte destes a investir em disfarces e decorações. Neste sentido, as marcas estão a tentar capitalizar esta tendência e a investir em campanhas de comunicação.

Na verdade, o consumo de bens relacionados com o Halloween tem vindo a aumentar ao longo dos anos, mas este ano espera-se um recuo. No Reino Unido, por exemplo, onde os gastos dos consumidores em produtos relacionados com o Halloween quadruplicaram desde 2013, é estimado que em 2024 sejam gastos um total de 776 milhões de libras (cerca de 934 milhões de euros), um salto em relação a 2022 (687) mas um passo atrás em relação a 2023 (1071), segundo a Statista.

Já nos Estados Unidos da América (EUA) espera-se que, em média, os consumidores gastem 104 dólares (cerca de 96 euros) em produtos relacionados com esta época festiva, num decréscimo de cinco dólares em relação ao ano passado.

Em termos de gastos globais, a National Retail Federation (NRF) estima que, no total, os norte-americanos gastem mais de 11,6 mil milhões de dólares (cerca de 10,7 mil milhões de euros) no Halloween este ano, numa diminuição face a 2023, ano em que a estimativa de gastos atingiu os 12,2 mil milhões de dólares. Note-se que só em doces e guloseimas, o consumo nos EUA no Halloween deve atingir os 3,5 mil milhões de dólares, segundo o Statista.

Além disso, as marcas e empresas também começam a comunicar mais cedo, uma vez que os consumidores também têm vindo a antecipar as suas compras de Halloween, muitas vezes logo a seguir ao verão, o que já levou à criação de um novo termo, o “Summerween”. Segundo a NRF, 47% dos norte-americanos começaram as suas compras de Halloween antes de outubro, numa tendência que tem vindo a crescer ao longo dos anos, tendo em conta, por exemplo, que esta percentagem era de 37% em 2019 ou de 32% em 2014.

Seja para corresponder à tendência de aumento de procura dos consumidores ou para atenuar as previsões mais pessimistas para este ano, muitas são as marcas que optam por lançar campanhas alusivas ao “dia mais assustador” do ano. Veja alguns dos spots e outdoors lançados.

“The Royale Curse”, da David New York para a Supercell

“Tick Tick Tick”, da TMA para a Six Flags

“The Gabaghoul | Mummy Dog”, da Red Tettemer O’Connell + Partners para a Dietz & Watson

“Don’t Let Halloween Sneak Up On You”, da Rethink para a Uber Eats

“A Sweet and Salty Halloween”, da BBDO para a Snyder’s of Hanover

“Horror Movie”, da The Martin Agency para a Geico

“Home of Halloween”, da Publicis London para a Tourism Ireland

“The Holiday Reaper” da Dude London para a WeRoad

“Spooky office stories”, da CAKE.com (desenvolvida internamente)

“Zombie”, da BBDO Worldwide para a Snickers

“B2B Never Dies”, da Umault (desenvolvida internamente)

“Grocery shopping shouldn’t be scary”, da Archipel para a Option consommateurs

“You might lose your head with such deadly value”, do Aldi Ireland

“The Retail Graveyard”, da Fiver (desenvolvida internamente)

“Heinz Smiles”, da GUT New York para a Heinz

“Ready for Halloween”, da BBA Ecuador para os Supermercados Santa María

“Fear Melts Away”, da BBA Ecuador para a Naturella

“What really scares is not being able to drive it”, da PMV para a Volkswagen

“Facing the Fears”, da Tabasco Tallinn para a Burger King

“Happy Halloween te desean tus alergias”, da BBA Ecuador para a Degraler

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