Marketing

IA e influenciadores serão tendências em 2025, mas são “ferramentas ocas se não estiverem enquadradas em estratégias” mais amplas

Rafael Ascensão,

Comunicar marcas de uma forma impactante numa onda crescente de informação, atrair e reter talento ou enfrentar a regulação excessiva são alguns desafios para o setor em 2025 elencados pela APAP.

Inteligência artificial (IA) e influenciadores são “seguramente” duas tendências que vão ter impacto em 2025 no mundo da publicidade, comunicação e marketing. A antevisão é de Sofia Barros, secretária-geral da Associação Portuguesa das Agências de Publicidade, Comunicação e Marketing (APAP).

Inteligência artificial, influenciadores e todas as outras ferramentas de comunicação são ocas se não estiverem enquadradas em estratégias, e consequentes declinações em ideias criativas relevantes e inovadoras“, explica a responsável.

Já em termos de desafios, a secretária-geral da APAP questiona desde logo “como continuar a comunicar marcas de uma forma impactante, relevante e confiável“, perante uma onda crescente de informação recebida pelos consumidores “pelas mais diversas vias”.

Conseguir atrair e reter colaboradores “capazes”, que “combinem criatividade, estratégia e capacitação tecnológica é outro dos desafios que se levanta para o setor no próximo ano, ao qual se junta o da regulação excessiva.

A publicidade é um ‘alvo fácil’ para os políticos se apresentarem mediaticamente como ‘protetores dos cidadãos’, esquecendo que a concorrência aberta e mediática leva aos avanços dos produtos, dos serviços e das tendências“, aponta Sofia Barros.

Conseguir medir o valor que as ideias criativas aportam às marcas (e ser remunerado por esse mesmo valor) é o último desafio – “clássico e intemporal” – elencado pela secretária-geral da APAP.

Sobre este tema, recorde-se que os líderes de algumas agências portuguesas reconheceram recentemente numa conferência a existência de um problema relacionado com a valorização do setor da comunicação, que já “vem de há muitos anos”, tendo defendido que é preciso saber valorizar os serviços prestados e também conseguir pagar melhores salários.

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