Transportes Metropolitanos do Porto quer rede de autocarros Unir “a cumprir os horários”
A Transportes Metropolitanos do Porto vai gerir a rede de autocarros Unir e o sistema de bilhética Andante. Marco Martins assume funções na presidência da empresa a 1 de fevereiro.
“A maior prioridade da empresa, e a primeira, será pôr a Unir a cumprir os horários. Depois, outros passos virão”, assegurou Marco Martins, quando faltam pouco mais de duas semanas para assumir a presidência da Transportes Metropolitanos do Porto (TMP) e suspender o mandato na liderança da câmara de Gondomar.
Mais de um ano depois de a Unir, rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto (AMP), ter começado a circular nesta área, e quando persistem fortes críticas dos utilizadores, designadamente em relação ao incumprimentos dos horários, Marco Martins frisou que “tem que haver alguém que regule e, obviamente, tem que haver uma cadeia de comando“, por forma a estabelecer ordem na organização.
“Quando eu digo que isto [a operação Unir] é um incêndio […] que temos de apagar é [porque] há uma estratégia que tem de ser implementada e definida por mim e pela administração que vai comigo trabalhar, para que as coisas comecem no terreno a notar-se”, assinalou o ainda autarca, à margem da escritura de constituição da TMP.
Igualmente o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, reconheceu a existência de problemas na rede de transportes. “Não vale a pena ignorar que a operação da Unir ainda tem problemas e continuará a ter“, admitiu. Ainda assim, ressalvou, “nunca haverá uma operação perfeita em termos de transporte público”. O também edil de Gaia considera que a constituição da TMP representa “um momento absolutamente único e histórico para a Área Metropolitana do Porto e para a região”.
A nova empresa vai gerir a rede de transportes metropolitanos Unir e o sistema de bilhética Andante. Marco Martins, que foi eleito presidente da TMP a 27 de setembro de 2024 em reunião do Conselho Metropolitano, vai suspender o mandato na câmara de Gondomar no final deste mês, por forma a assumir funções na nova empresa a 1 de fevereiro.
É necessária a fiscalização, quer aos operadores — o que está a falhar em primeiro lugar — quer também, pedagogicamente, ao passageiro, como é evidente.
Ainda assim, o ainda autarca de Gondomar considerou que a TMP já vem “com cinco anos de atraso”, sendo “um grande desafio” que tem pela frente. “É necessária a fiscalização, quer aos operadores — o que está a falhar em primeiro lugar –, quer também, pedagogicamente, ao passageiro, como é evidente”, realçou.
O responsável adiantou que, por enquanto, a empresa vai absorver o pessoal da divisão de mobilidade da AMP, da Transportes Intermodais do Porto (TIP) “e algumas que estão cedidas já pela STCP e pela Metro do Porto, cerca de 40 pessoas para o arranque”, prevendo atingir os 70 colaboradores a “curto e médio prazo”.
A TMP passa a contemplar as valências do TIP, que gere o sistema Andante (participado pela CP, Metro do Porto e STCP), além das competências da AMP em termos de mobilidade e de transportes, gerindo também os contratos com os operadores da Unir.
Marco Martins pretende ainda avançar com um “trabalho de fundo no Andante, que tem já 20 anos, uma questão de medidas do passado que foram tomadas e que agora terão que ser, com calma, progressivamente e de forma sustentada, revertidas“.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Transportes Metropolitanos do Porto quer rede de autocarros Unir “a cumprir os horários”
{{ noCommentsLabel }}