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Netflix expande publicidade programática para a Europa no final de fevereiro

Rafael Ascensão,

A publicidade programática da Netflix chega a um conjunto de países europeus - onde não se inclui Portugal - a 24 de fevereiro, com segmentações baseadas na localização, tipo de dispositivo e género.

O programa beta de publicidade programática da Netflix chega ao continente europeu ainda este mês, contando com parcerias com plataformas como a Google ou a The Trade Desk.

O lançamento do programa está previsto para 24 de fevereiro na Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido, países onde as marcas e agências poderão então começar a comprar publicidade na Netflix e beneficiar de alguma segmentação do público, refere a Digiday.

Para os seus anúncios com durações entre 15 e 75 segundos em pre-roll (anúncios no início de transmissão do conteúdo) e mid-roll (transmitidos spots a meio da duração do conteúdo que está a ser visto) os investidores poderão contar com segmentações baseadas na localização, tipo de dispositivo e género do espetador, bem como hora do dia em que o conteúdo está a ser visto.

Entretanto, segundo o título, a Netflix estará a ser pressionada para baixar preço, tendo em conta a pressão nos valores exercida por outros concorrentes, como a Amazon Prime, cujos “preços agressivos fizeram baixar os preços no mercado de anúncios em streaming ao longo de 2024”, avança a Digiday.

Embora o CPM (custo por mil impressões) nos EUA tenha baixado de 60 dólares em 2022 para cerca de 29 dólares em 2024, este valor que continua a ser mais elevado do que a ofertas da Amazon.

Já no que diz respeito aos preços na Europa, a Digiday revela que estes variam consoante o país, indo desde 37 euros na França, até 53,31 euros no Reino Unido ou 58 euros na Alemanha. No entanto, espera-se que o lançamento da publicidade programática ajude a uma redução nos valores e incentive ao investimento por parte das empresas.

Este lançamento em território europeu representa a segunda fase de um lançamento global que ocorreu primeiro nos EUA e que está agora a ser implementado pela empresa de streaming noutras geografias, e que dá continuidade à aposta da Netflix em gerar receitas por via da publicidade.

Na sua recente divulgação de resultados, a Netflix revelou que a sua receita com anúncios em 2024 duplicou em relação ao ano anterior. No geral, as receitas da plataforma no último trimestre aumentaram 16% em relação ao mesmo período do ano passado, para os 10,2 mil milhões de dólares, enquanto o lucro se cifrou em 1,9 mil milhões. Já o número de assinantes aumentou 18,9 milhões para os 302 milhões.

Este crescimento, no entanto, não inibiu a plataforma de streaming de aumentar os preços em alguns países, onde se inclui Portugal, com o agravamento das mensalidades divulgado em janeiro a chegar aos dois euros por mês para quem assine o plano mais caro.

O plano Base custava 7,99 euro e passou para 8,99 euros, um aumento de um euro. Já o plano Standard, que custava 11,99 euros, passou a custar 12,99 euros.

Os clientes com o plano Premium, que inclui streaming com a qualidade mais elevada (4K) e permite quatro dispositivos em simultâneo na mesma casa, teve um aumento superior, de dois euros, passando dos 15,99 para 17,99 euros por mês.

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