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Consumidores portugueses querem que marcas atuem como agentes de mudança

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Os consumidores, que se olham a si próprios como agentes de mudança, esperam que também as marcas atuem como "enablers" dessa mudança, especialmente no que toca ao envolvimento com a comunidade local.

Os consumidores portugueses estão-se a tornar mais proativos, encarando também as marcas como entidades que devem potenciar o impacto da ação dos seus utilizadores. Mais de dois terços (68%) indicam mesmo que preferem marcas que se comportem como facilitadores de mudança e que os ajudem a ter um papel ativo na comunidade.

As conclusões são do estudo “Meaningful Brands”, realizado pela Havas Media Network e que inquiriu 156.500 pessoas — entre as quais 600 portuguesas –, de 24 mercados e mais de 2.600 marcas.

Os consumidores olham-se inclusive a si próprios como agentes de mudança. Segundo o estudo, 88% procuram ter momentos de relaxamento e 60% esforçam-se por ter uma alimentação saudável e fazer exercício físico regularmente. Adotam também hábitos de consumo mais sustentáveis e, nesse sentido, procuram comprar apenas o que precisam e reciclar, por exemplo.

No entanto, onde estes “sentem maior necessidade de apoio ‘externo’ é no que toca ao envolvimento com a comunidade local, transparecendo uma vontade de maior envolvimento, que esbarra no desconhecimento de como o fazer”, refere-se em nota de imprensa.

Este comportamento espelha a “expectativa de que os consumidores têm de que as marcas atuem como enablers“. Inclusive, 68% dos portugueses inquiridos valorizam marcas que contribuam para o desenvolvimento da comunidade local, como seja através da implementação de programas de voluntariado ou momentos de convívio, por exemplo.

A grande maioria da sensibilidade dos inquiridos face ao bem-estar coletivo reflete-se na expectativa de que as marcas façam mais pelo planeta (81%), pela comunidade (78%) e só depois pelos consumidores, a nível individual (41%).

Ao nível do planeta, existe uma expectativa de que as marcas adotem programas de utilização responsável de recursos (48%), que fomentem um consumo consciente e sustentável (40%) e que compensem a sua pegada de carbono (42%). Já no que toca ao bem-estar individual, os consumidores procuram soluções práticas para poupar dinheiro (64%) e para simplificar a vida quotidiana (43%).

Neste sentido, “a questão da inovação responsável é um ponto essencial no contexto atual“, onde a tecnologia é vista com otimismo por 66% dos inquiridos, que reconhecem o seu potencial para melhorar a sua vida.

“Não obstante, esse entusiasmo vem acompanhado da necessidade de um uso mais responsável da tecnologia”, com as marcas que inovem de forma consciente e garantam a proteção dos consumidores a conseguirem “ganhar a sua confiança e admiração”.

“Num contexto muito polarizado e de permacrise, o estudo reflete o desejo crescente dos consumidores por mais controlo, com um novo sentido de positividade, resiliência e iniciativa. As marcas têm agora, mais do que nunca, a oportunidade de serem facilitadoras de mudança, de fortalecer um sentimento de pertença e de promover uma cultura inclusiva, que valorize a diversidade e a cooperação“, lê-se ainda em nota de imprensa.

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