Redes Sociais

Meta vai bloquear transmissões em direto no Instagram a menores de 16 anos

Lusa,

Segundo a Meta, as contas Instagram para adolescentes são utilizadas por 54 milhões de menores de 18 anos em todo o mundo, sendo que mais de 90% dos jovens entre os 13 e os 15 anos.

A Meta vai bloquear a funcionalidade de transmissões em direto no Instagram a menores de 16 anos permitido apenas que aqueles com autorização parental a possam utilizar, avançou o jornal britânico The Guardian.

Este anúncio vem na sequência do alargamento das medidas de segurança para adolescentes que a Meta tem vindo a implementar sendo que a empresa de redes sociais estende as suas salvaguardas para menores às plataformas Facebook e Messenger.

Os menores de 16 anos serão impedidos de utilizar a funcionalidade de transmissão em direto do Instagram, exceto se tiverem autorização dos pais e também será necessária autorização para desativar a funcionalidade que desfoca as imagens com suspeitas de nudez nas suas mensagens diretas.

As alterações foram anunciadas juntamente com a extensão do sistema de contas para adolescentes do Instagram ao Facebook e ao Messenger, sendo que as contas para adolescentes foram introduzidas no ano passado.

Estas colocam os menores de 18 anos, por defeito, numa configuração que inclui a possibilidade de os pais estabelecerem limites de tempo diários para a utilização da aplicação, de impedirem os adolescentes de utilizarem o Instagram em determinadas alturas e de verem as contas com as quais os seus filhos trocam mensagens.

O The Guardian escreve que as contas de adolescentes do Facebook e do Messenger serão lançadas inicialmente nos EUA, Reino Unido, Austrália e Canadá e tal como acontece com as contas do Instagram, os utilizadores com menos de 16 anos precisarão da autorização dos pais para alterar as definições.

Segundo a Meta, as contas Instagram para adolescentes são utilizadas por 54 milhões de menores de 18 anos em todo o mundo, sendo que mais de 90% dos jovens entre os 13 e os 15 anos mantêm as suas restrições por defeito.

A NSPCC, uma das principais instituições de caridade para a proteção das crianças, disse que se congratulava com o alargamento das medidas ao Facebook e ao Messenger, mas disse que a Meta tinha de trabalhar mais para evitar que aparecesse material nocivo nas suas plataformas.

“Para que estas alterações sejam verdadeiramente eficazes, devem ser combinadas com medidas pró-ativas para que os conteúdos perigosos não proliferem no Instagram, Facebook e Messenger“, afirmou o diretor adjunto da política de segurança infantil online da NSPCC, Matthew Sowemimo.

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