Associated Press volta à Casa Branca por ordem do tribunal
Um juiz contrariou a decisão de Trump, ordenando que o acesso à Casa Branca seja restituído à agência de notícias. Proibição surgiu depois de a AP se ter recusado a adotar o nome "Golfo da América".
Um juiz norte-americano ordenou que o governo de Donald Trump restitua o acesso da Associated Press (AP) à Casa Branca, depois de o Presidente norte-americano ter imposto um veto que impedia a agência de notícias de aceder a eventos na Casa Branca (presidência) e de viajar no “Air Force One” como parte do grupo de imprensa que acompanha o Presidente.
Segundo o juiz Trevor McFadden, a restrição do governo imposta aos jornalistas da AP era “contrária à Primeira Emenda”, que garante a liberdade de expressão. Nomeado por Trump durante seu primeiro mandato, o juiz decidiu que a restrição será automaticamente dissolvida este domingo, “na ausência de qualquer outra medida judicial de um tribunal superior.”
“De acordo com a Primeira Emenda, se o Governo abre as suas portas a alguns jornalistas — seja no Salão Oval ou em qualquer outro lugar –, não pode depois fechá-las a outros jornalistas por causa dos seus pontos de vista. A Constituição não exige menos que isso”, apontou o McFadden na sua decisão, citado pelo Politico.
Por parte da AP, Lauren Easton, porta-voz da agência, mostrou satisfação com a decisão do tribunal, defendendo que a mesma “afirma o direito fundamental da imprensa e do público de falar livremente sem retaliação do governo”. “Esta é uma liberdade garantida a todos os americanos na Constituição dos EUA”, disse.
A proibição imposta por Trump surgiu depois de a AP se ter recusado a adotar o nome “Golfo da América” e ter continuado a utilizar o internacionalmente reconhecido Golfo do México no seu guia de estilo. A mudança de nome do Golfo do México foi imposta por uma ordem executiva de Trump em janeiro.
A AP entrou então com uma ação judicial em fevereiro, alegando que os seus direitos haviam sido violados, de acordo com a Primeira Emenda. Também o Instituto Internacional de Imprensa (IPI, na sigla original em inglês) apelou em fevereiro, embora sem efeito, ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que levantasse o veto imposto à agência norte-americana Associated Press (AP).
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