Conheça as 25 marcas portuguesas mais valiosas, segundo a OnStrategy. EDP mantém liderança
No seu conjunto, as 25 marcas portuguesas mais valiosas valorizaram-se em 10,7%. Destaca-se o Novo Banco e a Fidelidade, que se valorizaram, respetivamente, em 90,4% e 56,4%.
A EDP, avaliada em 2.870 milhões de euros, volta a ser a marca portuguesa mais valiosa, segundo o estudo anual da consultora OnStrategy, embora apresente um ligeiro recuo em relação à valorização dos 2.891 milhões de euros do ano passado. O pódio mantém-se inalterado, com a Galp Energia (2.168 milhões) a surgir no segundo lugar, à qual se segue a Jerónimo Martins (1.606 milhões).
A Caixa Geral de Depósitos (1.285 milhões) subiu duas posições, para o quarto lugar, seguida pelo Millennium BCP (1.280), que também conseguiu escalar dois lugares no ranking. Ambos os bancos somaram uma valorização que ronda os 300 milhões de euros. Seguem-se o Pingo Doce (1.229), o Continente (1.120), Meo (807), EDP Renováveis (687) e Grupo Mota-Engil (586) perfazendo assim as 10 marcas portuguesas mais valiosas deste ano.
No seu conjunto, as 25 marcas portuguesas mais valiosas valorizaram-se 10,7%. Em termos de valorizações, destaca-se o Novo Banco — vendido na semana passada ao Groupe BPCE –, que conseguiu uma valorização de 90,4%. Com crescimentos acima de 20%, surgem também a Fidelidade (56,4%), o Millennium BCP (35,4%), a TAP (32,1%), o Grupo Mota-Engil (31,3%), a CGD (30%), os CTT (25,7%), a CUF Saúde (23,4%) e a Jerónimo Martins (21,1%).
No que diz respeito ao setor da energia, a OnStrategy destaca que apesar de a marca EDP manter a liderança nacional, as marcas do setor energético registaram quedas, como aconteceu com a Galp Energia (-7,0%) e a EDP Renováveis (-5,1%). “Este desempenho reflete a instabilidade nos preços da energia e a pressão sobre margens operacionais num contexto de transição energética”, refere-se na análise.
Em sentido contrário, o setor bancário português “apresenta um dos melhores desempenhos em 2025”, impulsionado pela “melhoria da rendibilidade, redução do malparado e recuperação de confiança dos clientes”. A consolidação tecnológica, a recuperação da reputação e a normalização das taxas de juro também “favoreceram a valorização das marcas” bancárias.
Já as telecomunicações apresentaram um crescimento modesto — Meo valorizou 5,2% e a Nos 2,6% — com o setor “a beneficiar dos investimentos em 5G e na digitalização de serviços, enfrentando contudo forte concorrência e pressão sobre preços”.
A maioria das marcas da distribuição e retalho também registaram crescimentos sólidos — com a Jerónimo Martins (21,1%) e o Continente (12,3%) a liderarem — com a sua performance a ser “alavancada pelo aumento do consumo privado e adaptação eficaz ao canal digital”.
No caso do setor de bebidas (alcoólicas e não-alcoólicas), a Super Bock, a Sagres e a Delta registaram crescimentos modestos (entre 3 e 7%), “refletindo uma estabilização após o impacto da pandemia, mas com desafios no canal horeca e aumento dos custos de produção”, aponta a OnStrategy.
Tendo a retoma da mobilidade e do turismo, assim como a aposta em e-commerce, como motores essenciais, também as marcas do setor de transportes e serviços registaram uma “recuperação notável”, com a marca TAP a crescer 32,1% e a marca CTT a crescer 25,7%.
No caso dos seguros, destaca-se a marca Fidelidade, que cresceu 56,4%, “impulsionada por inovação em produtos digitais, expansão internacional e reforço da relação com o cliente”. Já no que concerne à engenharia e construção, setor que beneficia de uma “forte carteira de projetos, particularmente em mercados externos e obras públicas”, destaca-se o Grupo Mota-Engil com um crescimento de 31,26%.
No setor da saúde e cuidados hospitalares várias marcas apresentam “crescimentos sólidos” — em particular a marca CUF (23,4%) — sendo este um setor que “continua a expandir infraestruturas e a reforçar a notoriedade das suas marcas”. Já o setor da indústria (papel e floresta) é “pressionado por custos logísticos e instabilidade internacional”, com a The Navigator Company a apresentar um “crescimento marginal” de 1,3%.
O estudo em causa foi desenvolvido através da metodologia de Royalty Relief, em conformidade com as normas ISO20671 (avaliação de estratégia e força) e ISO10668 (avaliação financeira). “A informação utilizada tem como fontes analistas de mercado, bases de dados de royalties, bases de dados de informação financeira como Bloomberg e Marketscreener, estudos de mercado e comportamentais (painel de mais de 50.000 cidadãos que refletem a sociedade Portuguesa e de 8.000 C-Levels empresariais), bem como relatórios e contas”, refere-se em nota e imprensa, onde se acrescenta que o estudo é “efetuado com base em informação pública disponível, complementado com toda a informação produzida pela OnStrategy, nomeadamente análises de reputação e força de marca”.
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