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Como podem as marcas sobreviver à inteligência artificial? Seis dicas da VML Branding

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Embora as infinitas possibilidades da IA, esta tecnologia pode também trazer desafios para as marcas, que tentam acompanhar os desenvolvimento tecnológicos. Conheça as dicas da VML Branding.

Num mundo cada vez mais pautado pela inteligência artificial (IA), que veio democratizar a produção criativa, surgem dúvidas sobre por onde pode passar o futuro do branding. Poderá a IA tornar-se numa ferramenta para elevar a autenticidade, criatividade e significado, em vez de apenas amplificar o ruído?

“Uma marca estática arrisca-se à irrelevância. Uma marca que persegue todas as tendências perde a sua identidade. Com a IA a democratizar a criação de conteúdo, é mais fácil do que nunca gerar recursos alinhados com a marca em escala, mas igualmente fácil para essas ideias se perderem no ruído“, sublinha Bernardo Neves, head of design da VML Branding em Portugal, citado em comunicado.

O futuro das marcas será assim moldado por aqueles que sejam capazes de aproveitar a tecnologia com intenção, “usando a IA não como um atalho, mas como um catalisador para construir marcas que verdadeiramente perduram“, refere a agência do grupo WPP em comunicado.

Embora as infinitas possibilidades da IA, a curadoria, a intuição e a autenticidade humanas — “qualidades que nenhum algoritmo alguma vez conseguirá replicar” — serão, ainda assim, indispensáveis e capazes de ajudar uma marca a vencer.

Conheça as seis estratégias para que as marcas consigam prosperar com a utilização da IA como ferramenta, partilhadas pela VML Branding:

1. Manter o propósito, com um tom fresco

As marcas duradouras são aquelas que esclarecem aquilo que defendem e permitem que essa essência oriente cada decisão criativa, com o seu núcleo a permanecer estável, ao mesmo tempo que as suas expressões evoluem com os tempos. Embora as ferramentas de IA possam ajudar a explorar novos formatos e a manter as mensagens frescas, estas devem ser sempre filtradas através da “lente fundamental” da identidade da marca, aponta a VML Branding.

2. Realidade primeiro

“Num feed de conteúdo generativo e narrativas dramatizadas, a autenticidade torna-se numa moeda rara e valiosa — um clichê que nunca foi tão verdadeiro”, aponta a agência do grupo WPP. Assim sendo, há histórias que não precisam de embelezamento ou espetáculo, uma vez que “a sua honestidade e capacidade de identificação são o que as torna memoráveis”. Aquilo que outrora era ‘desejável’ é agora um fator essencial para as marcas explorarem, naquela que é uma “tarefa árdua sobre como mostrar que isto é mesmo real”.

3. Curadoria é mestria

Com a abundância de opções geradas por IA, é necessária uma curadoria especializada e uma cultura visual desenvolvida para “elevar as marcas, selecionando, refinando e amplificando as ideias que se alinham com a intenção estratégica”, de forma a garantir coerência e evitar a sobrecarga generativa.

4. Distinção leva à memória

Para conseguir vingar, as marcas não devem reagir a cada tendência passageira mas antes concentram-se em “criar momentos distintivos, visuais únicos ou experiências que se tornam parte da memória cultural e distinguem a marca dos seus concorrentes”, aconselha a VML Branding.

5. Construir rituais, não apenas conteúdo

Duradouras são também as marcas que sejam capazes de se integrar na vida quotidiana através de rituais e significados partilhados. Mais que apenas uma presença no feed, tornam-se hábitos, tradições e pontos de referência para o consumidor.

6. “IA é relevância, ofício humano é ressonância”

Embora a IA melhore a agilidade e capacidade de resposta, a intuição e experiência humanas “permanecem cruciais para criar histórias e símbolos que ressoem emocional e culturalmente”, sublinha a agência.

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