Liga responde a Benfica: “Centralização dos Direitos Audiovisuais é para avançar”
Depois de o Benfica ter pedido a suspensão do processo, a Liga Portugal vem reiterar a sua posição quanto ao avanço da centralização de direitos televisivos, que tem de acontecer até 2028.
Depois de o Benfica ter solicitado a suspensão imediata do processo de centralização dos direitos audiovisuais, numa carta enviada à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), a Liga Portugal reafirmou que “a Centralização dos Direitos Audiovisuais é para avançar”.
A Liga Portugal, no entanto, “regista as preocupações manifestadas sobre a centralização dos direitos audiovisuais, processo que representa uma transformação estrutural determinante para o futuro do Futebol Profissional em Portugal”, refere em comunicado.
Preocupações essas, lê-se na mesma nota, partilhadas pela atual direção executiva, que tem reunido com operadores televisivos nacionais e internacionais — incluindo plataformas de streaming — com o Governo, a Autoridade da Concorrência, todas as forças de autoridade, com a AICEP – Agência para o Investimento Comércio Externo de Portugal e com técnicos com vários departamentos especializados de outras ligas europeias.
Este trabalho que tem sido realizado “com o envolvimento crescente das sociedades desportivas, que reconhecem o percurso já traçado e os resultados alcançados”, tem como objetivo claro “cumprir –- e, se possível, antecipar -– os prazos definidos pelo Governo no Decreto-Lei n.º 22-B/2021″, que determina a comercialização centralizada dos direitos televisivos dos jogos da I e II Ligas de futebol, num modelo a implementar até à época desportiva 2028/2029.
“É com esse sentido de responsabilidade que a atual direção executiva da Liga Portugal reafirma: a centralização dos direitos audiovisuais é para avançar. É um compromisso assumido com as sociedades desportivas, com os adeptos e com a sustentabilidade do futebol nacional. E é com todos — sem exceção — que pretendemos concretizá-lo”, conclui a Liga Portugal.
Esta posição é tomada depois de o Benfica ter solicitado a suspensão imediata do processo de centralização dos direitos audiovisuais, numa carta enviada à Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
Segundo o Benfica, na carta assinada por Rui Costa e enviada na terça-feira ao presidente da LPFP, Reinaldo Teixeira, “o atual processo de centralização está atrasado, em risco de falhar os objetivos e já desatualizado face ao contexto internacional”, realçando que “o impacto que o futebol tem como setor estruturante da economia portuguesa exige uma visão estratégica clara e uma gestão responsável”.
O pedido de suspensão do processo de centralização e a suspensão na gerência da empresa Liga Centralização concretiza algumas das posições tomadas pelo emblema das águias na sequência da arbitragem de Luís Godinho na final da Taça de Portugal, perdida frente ao Sporting, após prolongamento, por 3-1, em 25 de maio.
Entretanto, também o secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, já disse esperar que haja um entendimento sobre a centralização dos direitos audiovisuais das competições profissionais de futebol portuguesas até ao fim do prazo, apesar da posição assumida pelo Benfica.
“Este é um processo que se iniciou em 2021 e, até 30 de junho de 2026, está na esfera exclusiva da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP). Neste momento, o Governo não terá nenhuma intervenção. E esperamos que não seja necessária nenhuma intervenção do Governo”, afirmou o governante.
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