Quanta Terra lança vinho a 1.695 euros a garrafa com cunho artístico de Vhils
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Quanta Terra lança vinho a 1.695 euros a garrafa com cunho artístico de Vhils

Susana Pinheiro,

Quanta Terra brinda aos 25 anos com o tinto Íris, uma edição limitada de 250 garrafas de cinco litros, a 1.695 euros a garrafa, em parceria com o artista Vhils. Chegará ao mercado em outubro.

Com duas distinções Best of Wine Tourism (2023 e 2025), na categoria arte e cultura, atribuídas pela Great Wine Capitals, a marca Quanta Terra, de Favaios (Alijó) continua a dar cartas por esse mundo fora ao casar vinho com arte. Desta vez vai mais longe e, numa parceria com o artista Vhils, a marca prepara-se para lançar o tinto Quanta Terra Íris, uma edição limitada de apenas 250 garrafas a rondar os 1.700 euros cada uma.

Os enólogos Celso Pereira e Jorge Alves, da marca Quanta Terra, já nos acostumaram a ter obras criteriosamente espalhadas pelos vários espaços da antiga destilaria do Douro, transformada em adega, entre barricas onde estagia o vinho e as antigas cubas de armazenamento de aguardente, revestidas a ladrilhos espelhados. Com obras do artista Alexandre Farto, também conhecido como Vhils, ou ainda de HelioBray e Paulo Neves, por exemplo.

Agora, pela comemoração das bodas de prata da Quanta Terra, o artista Vhils deixa o seu cunho artístico e assinatura no vidro de cada uma das garrafas que surgem como uma espécie de escultura.

“O vidro é um material simbólico e paradoxal, simultaneamente frágil e resistente. Trabalhar sobre o vidro é um processo de revelação — do território, da matéria, da identidade, do visível e invisível”, começa por descrever Vhils. “O resultado final nasce do encontro entre duas formas de expressão — a arte e o vinho — e convida-nos a percecionar com mais intenção aquilo que nos liga ao mundo”, detalha.

Quando em outubro chegarem ao mercado vínico, as 250 garrafas, em formato Magnum – cinco litros –, desta “edição colaborativa” também estarão numeradas. Até lá e enquanto não se pode provar o vinho, é possível fazer parte de uma lista de espera e aguardar pela surpresa desta parceria entre o artista e os dois enólogos que, desde o início do projeto, sempre quiseram criar vinhos que fossem expressões artísticas do Douro.

Para já, o que se sabe do vinho é que é um tinto de 2019, inspirado na íris como símbolo de identidade e criado pelos enólogos Celso Pereira e Jorge Alves — donos da Quanta Terra. E que se apresenta “profundo, elegante e complexo” com camadas de fruta preta, tinta-da-china e especiarias. Já na boca, a textura é aveludada em contraste com taninos firmes e “um final preciso e marcante”, descrevem os enólogos.

“Quando se prova este vinho, percebe-se que há uma história contida em cada gota. Não foi pensado apenas para ser consumido, mas para ser sentido com tempo, como um quadro ou uma escultura que vai revelando detalhes à medida que se observa”, descreve Jorge Alves. O seu sócio Celso Pereira acrescenta, por sua vez, que “fazer vinho é um ato de criação, mas também de escuta: escutar a terra, a vinha, o tempo”.

Apostados na simbiose entre arte e vinho, já em 2022 os empresários lançaram um pack de três garrafas de vinho tinto, vendido a 900 euros, com uma serigrafia da artista plástica Joana de Vasconcelos. E produzido com uma diversidade de castas, como Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Sousão.

Quanta Terra13 setembro, 2024

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