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Media Capital passa de prejuízo a lucro de 14 mil euros no primeiro semestre

Carla Borges Ferreira,

A dona da TVI passou de 2,6 milhões de prejuízo para 14 mil euros de lucro nos primeiros seis meses do ano. A dívida líquida situa-se nos 27,2 milhões, uma redução de 9% face ao período homólogo.

A Media Capital fechou o primeiro semestre com lucros de 14 mil euros, uma recuperação face ao prejuízo de 2,67 milhões registado nos primeiros seis meses de 2024.

Os rendimentos operacionais cresceram 6%, para 81,2 milhões, impulsionados por um aumento de 3% nas receitas de publicidade. Os gastos operacionais mantiveram-se controlados, totalizando 76,2 milhões, o que permitiu ao Grupo alcançar um EBITDA ajustado de 5,8 milhões, mais 2 milhões face ao mesmo período do ano anterior”, resume o grupo liderado por Pedro Morais Leitão no documento enviado esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Esta evolução traduz-se num crescimento de 52% no EBITDA ajustado. O Resultado Líquido positivo registou uma melhoria expressiva de 2,7 milhões, refletindo o aumento da rentabilidade num semestre tradicionalmente condicionado pela sazonalidade do setor”, acrescenta ainda.

Sem ajustamento, o EBITDA fixou-se nos cinco milhões de euros, uma melhoria de 106%, com uma margem de 6,2%.

O grupo dono da TVI e da Plural destaca ainda que o cash flow operacional atingiu 11,3 milhões, resultado de um incremento de 15% dos recebimentos de clientes. A dívida líquida situa-se em 27,2 milhões, uma redução de 9% face ao período homólogo.

Na área de televisão, digital e entretenimento, o grupo dono da TVI e da CNN Portugal obteve receitas de 77,3 milhões de euros, um crescimento de 8% na comparação homóloga. A publicidade, que se situou nos 51,8 milhões, aumentou 3%, e os outros rendimentos, que contribuem com 25,5 milhões, cresceram 21%.

Os gastos operacionais, excluindo amortizações e depreciações, situaram-se nos 72,9 milhões de euros, um aumento de 6%. O EBITDA destas áreas é de 4,3 milhões de euros, valor que traduz uma variação positiva de 70%, com uma margem de EBITDA de 5,6%. O resultado operacional situa-se agora nos 2,4 milhões de euros, uma melhoria de 431% na comparação com o primeiro semestre de 2024.

Na produção audiovisual, o EBITDA é de 336 mil euros, um crescimento de 9%, com uma margem de 1,8%. Os rendimentos operacionais situaram-se nos 19 milhões de euros, uma quebra de 6% na comparação com o período homólogo, percentagem em linha com a descida dos gastos operacionais, excluindo amortizações e depreciações, que se situaram nos 18,7 milhões de euros.

Afirmando que “a Media Capital registou um EBITDA acima do previsto nas estimativas para este ano e do assinalado nos exercícios anteriores“, o grupo diz que “para o futuro, a mensagem é clara”.

Queremos manter a liderança da TVI, afirmar o V+TVI como uma alternativa sólida e reforçar a atividade com a Prime Video e outros parceiros internacionais“, aponta.

“O segundo semestre trará novas dinâmicas à televisão portuguesa. O campeonato regressa à emissão em sinal aberto, com a TVI a transmitir os jogos em casa do Moreirense Futebol Clube. As novelas em língua portuguesa vão chegar ainda mais longe, projetando Portugal através de histórias que unem continentes. O contexto é promissor, como tal o Grupo Media Capital manterá uma gestão rigorosa dos seus custos e investimentos, com o objetivo de alcançar uma melhoria expressiva dos resultados até ao final do ano”, prossegue o grupo de Mário Ferreira.

Ontem, quinta-feira, foram conhecidos também os resultados da Impresa. A dona da SIC e do Expresso, recorde-se, fechou o primeiro semestre com um prejuízo de 5,1 milhões de euros, um agravamento de 27,1% na comparação com o período homólogo.

No primeiro semestre de 2025, as receitas consolidadas da Impresa decresceram 0,8%, para 85,9 milhões. O aumento dos proveitos provenientes da venda de conteúdos, da distribuição de canais e das assinaturas digitais compensou parcialmente a diminuição das receitas publicitárias e com IVRs. Os custos operacionais, sem considerar amortizações, depreciações, provisões e perdas por imparidade em ativos não correntes, aumentaram 1,1%, impactados pelos custos de reestruturação, no âmbito do atual projeto estratégico de redução de custos. Apesar da redução de 7,3% relativamente ao período homólogo de 2024, o valor do EBITDA recorrente, ajustado de custos de reestruturação, foi superior aos montantes verificados nos primeiros semestres de 2023 e de 2022″, resumia o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão no comunicado enviado na tarde desta quinta-feira à CMVM.

 

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