Novo Rumo da AEP teve mais impacto nas empresas do interior do país
Projeto Novo Rumo a Norte, da AEP, teve mais impacto nas empresas do interior do país. Veio dar um impulso às micro e PME, capacitando-as para a competitividade com um melhor desempenho económico.
“As empresas do interior do país foram aquelas que mais sentiram o impacto positivo do projeto Novo Rumo a Norte – Rumo ao Crescimento, porque estavam mais isoladas” ao nível do acesso a informação e a apoios aos planos de negócios, afirma ao Local Online o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP). Para Luís Miguel Ribeiro, este projeto – cujos resultados da segunda edição são conhecidos durante um seminário, a 28 de junho, em Matosinhos – “veio democratizar as oportunidades e o acesso a apoios iguais, independentemente da parte do território onde as empresas estão”.
Segundo o presidente da AEP, esta iniciativa “foi uma pedrada no charco, na altura que surgiu”, em 2015, porque veio alavancar a capacidade de interação entre os diferentes agentes que estão no território. Veio dar um impulso às micro e Pequenas e Médias Empresas (PME) do Norte, “no seu processo de crescimento”, capacitando-as ao nível de fatores de competitividade e “mediante o fomento de um ecossistema empresarial próspero”, frisa Luís Miguel Ribeiro.
“Esta capacidade dinamizadora permitiu que o Norte tivesse o melhor desempenho regional em termos de crescimento económico e o segundo melhor desempenho em termos de emprego e de aumento do investimento, tendo em conta os dados disponíveis do INE”, sublinha.
Nesta segunda edição, a AEP pretendeu dar continuidade ao desenvolvimento do ecossistema empresarial. Do universo de 800 micro e PME que participaram no programa, há oito que são distinguidas pelas boas práticas em várias vertentes, nomeadamente ao nível do desenvolvimento de novos produtos. Como é o caso, por exemplo, da marca de design de mobiliário Laskasas que “pretende comercializar, na sua linha Home, um novo produto que é o chinelo de quarto sustentável e amigo do ambiente”. Segundo a AEP, a empresa pretende “produzir através da circularidade dos desperdícios de pele e têxteis resultantes do setor de estofagem”. Desta forma, a empresa vai reduzir os custos associados à eliminação de resíduos e “ainda obter valor dos excedentes através da criação de novos produtos”.
Com esta iniciativa, a AEP pretendeu, assim, explica o responsável, “potenciar o desenvolvimento de produtos e serviços, através de processos e modelos de negócio inovadores e da melhoria da comunicação do modelo de negócio à escala nacional e global de inovação”. Cooperação, inovação e capitalização são os três eixos de desenvolvimento do projeto Novo Rumo a Norte – Rumo ao Crescimento que veio dar continuidade ao Novo Rumo a Norte (2015-2018), que, durante três anos, apoiou cerca de mil empresas nos seus planos de negócio, nas áreas alta e média-alta tecnologia e em serviços intensivos de conhecimento.
Desde o início, em 2015, o Novo Rumo a Norte alcançou mais de cinco mil utilizadores registados, 200 parceiros, dois mil pedidos no heldpesk, oito laboratórios de diagnóstico de necessidades empresariais e regionais, oito laboratórios de ação para o apoio ao desenvolvimento empresarial, 48 núcleos de Empresas e 14 oficinas de inovação.
Num estudo desenvolvido no âmbito deste projeto, a AEP concluiu que “a formação, o investimento em I&D, a internacionalização e a colaboração em rede e dentro dos clusters regionais são indispensáveis para aumentar a produtividade das empresas, consolidar o ecossistema empresarial e fortalecer a competitividade nacional e internacional da região”.
A associação vai lançar, em breve, um estudo de casos empresariais para micro e PME, com base nas informações recolhidas durante as 14 oficinas de inovação realizadas.
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