Equipa da UAveiro constrói satélites para alimentar estação lunar com energia solar

  • Lusa
  • 11 Julho 2022

Uma equipa da Universidade de Aveiro vai construir satélites para alimentar estação lunar com energia solar. Os investigadores já estão a construir o primeiro protótipo.

Investigadores da Universidade de Aveiro (UA) vão construir um conjunto de satélites que, uma vez colocados em órbita na Lua, visam “captar a energia solar e transferi-la para uma estação lunar de modo a alimentar todo o respetivo funcionamento”, anuncia a instituição de ensino superior em comunicado, adiantando que o projeto é apoiado pela Agência Espacial Europeia (ESA).

Neste momento, os investigadores do Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI), do Departamento de Física (DFis), do Instituto de Telecomunicações, do Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro (IEETA) e do Instituto de Materiais de Aveiro (CICECO) estão já a construir o primeiro protótipo.

Citado no comunicado, o diretor do DETI, Nuno Borges de Carvalho, esclarece que o objetivo é “energizar a futura estação habitável a ser construída na face da Lua“.

Os investigadores vão, assim, construir uma “constelação modular de satélites” que orbitará a Lua, passando diretamente por cima da base lunar.

Os planos preveem que, sob luz solar direta, os painéis solares acoplados aos satélites permitam gerar eletricidade “com maior eficiência do que os simples painéis solares usados hoje na Terra”.

O investigador acrescenta ainda que “a energia será armazenada em baterias até o satélite estar mais próximo da estação lunar. Nesse ponto, a energia será irradiada para a estação lunar através de antenas e focalizada por lentes para reduzir as perdas por transbordamento”. Segundo o responsável, será possível “fornecer energia para estações lunares, mesmo durante a longa noite lunar”.

Nuno Borges de Carvalho salienta ainda que a captação de energia solar no espaço é “muito mais eficaz do que na Terra“.

“A nossa atmosfera filtra uma enorme quantidade de comprimentos de onda, o que não permite receber a energia na plenitude”, nota, lembrando que na Lua, por não haver atmosfera, não se coloca esse problema.

Os investigadores ambicionam ainda que os mesmos satélites possam vir, um dia, a enviar energia não só para a estação lunar, mas para o planeta Terra.

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