Alto Minho compromete-se a atingir neutralidade carbónica até 2050
Alto Minho quer atingir neutralidade carbónica até 2050 com “aposta na expansão das energias renováveis, eficiência energética e redução da dependência dos combustíveis fósseis importados".
No âmbito da iniciativa europeia Pacto de Autarcas, a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho compromete-se a atingir a neutralidade carbónica até 2050, através de uma “forte aposta na expansão das energias renováveis, na eficiência energética e na redução da dependência dos combustíveis fósseis importados”, avançou esta segunda-feira esta comunidade.
Em comunicado enviado às redações, a CIM do Alto Minho, que agrega os dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, adiantou que o compromisso assumido integra um plano de ação integrado para a “transição energética”.
A CIM do Alto Minho aponta “três objetivos gerais”, como a redução do consumo de energia e, concomitantemente, a redução das emissões de carbono, o aumento da produção local de energia renovável e, portanto, aumentar as fontes de energia de baixo carbono e equilibrar a produção e o consumo de energia para alcançar o estatuto de território com balanço energético nulo”.
Para a CIM “o caminho para que o Alto Minho se torne num território com balanço energético nulo ficou mais claro com a aprovação, na sexta-feira, em reunião do Conselho Intermunicipal do Alto Minho, daquele plano de ação”.
Naquele documento, os autarcas dos dez concelhos do Alto Minho acordam “trabalhar numa ação conjunta, coerente, concertada, consistente e integrada com a prioridade a ser colocada no aumento da eficiência energética, na diversificação e intensificação da produção de energia de base renovável, no incremento da produção de energia descentralizada (seja individual ou coletivamente, através do autoconsumo ou através de comunidades de energia)”.
Comprometem-se ainda a “modernizar os transportes públicos e de mercadorias” e a “apostar”, cada vez mais, “numa mobilidade progressivamente integrada e sustentável, no reforço e modernização de infraestruturas, na investigação (incluindo deteção e monitorização), experimentação, inovação e competitividade, na promoção de processos, produtos e serviços de baixo carbono, na melhoria dos serviços de energia e, a apostar na capacitação, sensibilização e partilha de informação”.
A “estratégia global que permitirá ao Alto Minho tornar-se um território com balanço energético nulo antes de 2050, em linha com o compromisso do Governo e com o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Alto Minho (Alto Minho 2030)” é apoiada por medidas destinadas a salvaguardar a segurança energética, garantir uma transição justa e promover a sensibilização e o envolvimento dos cidadãos”.
“Cada um, individual e coletivamente, terá de contribuir para reduzir o consumo energético no território, de modo a que as necessidades residuais de energia possam ser satisfeitas por energia verde e sustentável, produzida e entregue localmente”, apela a CIM do Alto Minho.
A “participação no projeto URB EN PACT – together towards net-zero energy cities permitiu ao território do Alto Minho, através de um processo de cocriação, utilizando uma abordagem participativa e com o apoio de um diversificado conjunto de agentes locais e regionais, tanto públicos como privados, planear a ação”, lê-se. no documento.
Com sede instalada no edifício Villa Moraes, em Ponte de Lima, a CIM do Alto Minho foi constituída em outubro de 2008 e engloba os municípios que correspondem à Unidade Territorial Estatística de Nível (NUT) III do Minho-Lima.
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