Viana do Castelo aprova orçamento de 117,8 milhões de euros

Executivo da câmara de Viana do Castelo aprova orçamento de 118 milhões de euros para 2023. Entre as áreas estratégicas estão o ambiente e qualidade de vida, educação, coesão territorial e habitação.

A Câmara Municipal de Viana do Castelo aprovou, na reunião extraordinária do executivo desta terça-feira, o Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2023 com uma dotação financeira de 117,8 milhões de euros. Este “é o maior orçamento de sempre” para o presidente da câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre.

Deste bolo mais de 111 milhões destinam-se à autarquia e 6,692 milhões reportam-se aos serviços municipalizados. Entre as áreas estratégicas estão o ambiente e qualidade de vida, a educação, a coesão territorial, a habitação e urbanização, e o desporto e lazer.

No topo das Grandes Opções do Plano está a rubrica do ambiente, qualidade de vida e transição climática com uma dotação financeira de 8,81 milhões de euros. Esta área “visa o bem-estar coletivo, a proteção do ambiente e o combate às alterações climáticas, assim como a erradicação da pobreza e a promoção da prosperidade”, explica a autarquia em comunicado.

Nesse sentido, a câmara de Viana do Castelo estabeleceu para 2023 o “Plano Municipal de Eficiência Energética” e o “Plano Municipal de Poupança de Água”, que integram a campanha “poupar hoje para garantir o amanhã”.

A autarquia destina ainda quatro milhões de euros para “a continuidade dos investimentos de ampliação nos domínios do abastecimento de água e das redes de drenagem de águas residuais e pluviais, de forma transversal ao concelho”.

A segunda área com maior dotação financeira é a educação, ciência e conhecimento com 8,7 milhões de euros. O que, segundo o município, representa “um reforço superior a 300 mil euros relativamente a 2022″.

Esta é uma área de grande importância para a autarquia. “A educação assume-se como um pilar fulcral para o desenvolvimento humano sustentável do concelho e, no próximo ano, é prioridade a conclusão da elaboração do Projeto Educativo Municipal, transversal a todo o território e níveis de ensino”, frisa.

Entre os vários projetos na área da educação consta ainda a revitalização da Rede Escolar de Ciência e de Apoio à Investigação Científica assim como o investimento nos equipamentos educativos, “dando continuidade ao programa de requalificação e modernização do parque escolar do concelho”.

Com este orçamento a autarquia quer apoiar a “consolidação da qualidade de vida do território, aumentando dos fatores de competividade, ascensão das competências e capacitação de todos, aprofundamento do desenvolvimento das freguesias, disponibilização de soluções à necessidade de habitação e implementação de hábitos saudáveis”.

Este orçamento, que ainda vai a aprovação em reunião da Assembleia Municipal, teve em conta o contexto económico que se vive.

“Do pré ao pós pandemia acreditávamos que os novos desafios estavam estabilizados. Com a invasão da Rússia à Ucrânia, os impactos colaterais tomaram todos os setores estruturais do país, gerando uma crise energética e uma enorme pressão sobre a estabilidade dos preços. E remeteram-nos para uma pressão inflacionista à escala global como nunca sentimos”, destacou Luís Nobre, durante a apresentação do documento.

O autarca socialista realçou ainda como fator positivo a capacidade que o município continua a manter na captação de Fundos Comunitários, pois já garantiu até agora 41 milhões de euros no PT2020.

A autarquia estabelece ainda “como quadro de oportunidade o período de overbooking do PT2020, o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) que disponibilizará mais de 42 milhões de euros até 2026, com financiamento a 100% nos domínios da saúde e social, e cirurgicamente na rede rodoviária, habitação, centros de investigação e valorização do território, eficiência energética, transições climática e digital, e do PT2030″, refere o município em comunicado.

A terceira maior fatia do orçamento vai, assim, para o domínio da coesão territorial com uma dotação financeira de 8,1 milhões de euros.

O documento dá ainda conta que “a política fiscal do município para as famílias e para os investidores continua a ser a maior ferramenta de trabalho, pelo que o regime de incentivos continuará a incorporar e a disponibilizar um conjunto de isenções em áreas como a regeneração urbana, acolhimento empresarial, setor tecnológico, criativo e serviços partilhados, empreendimentos turísticos e equipamentos”.

“A estratégia do executivo para a reabilitação urbana no concelho disponibiliza um conjunto de incentivos a empresas e particulares, como isenções no IMT e IMI, deduções no IRC e IRS e aplicação da taxa de IVA a 6% nas 12 áreas de reabilitação em vigor”, adianta o município.

Por fim, a autarquia afirma “é objetivo do executivo continuar a desenvolver uma estratégia sólida de desenvolvimento económico e atração/fixação de investimentos âncora de referência local e internacional que consolidem os clusters existentes, bem como atraiam e fixem os emergentes”.

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