Concurso para recuperação do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova foi relançado
O autarca de diz que há "vários potenciais interessados" no Mosteira de Santa Clara-a-Nova e espera que "Coimbra possa dispor de mais uma unidade hoteleira de cinco estrelas".
O concurso para a recuperação do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra, vai ser esta segunda-feira relançado no âmbito do Revive, programa de requalificação de património do Estado para fins turísticos, anunciou a câmara.
Aquele monumento, situado na margem esquerda do Mondego, estava inscrito na primeira lista de património associado ao Revive, em 2016, sendo agora relançado o seu concurso na plataforma, afirmou o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, que falava durante a reunião do executivo.
“Vai hoje ser colocado na plataforma do Revive o concurso do nosso Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, um majestoso monumento nacional que há tantos anos ansiava por um projeto de recuperação“, disse José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Aliança, RIR e Volt).
Segundo o autarca, o relançamento deste projeto “é o resultado de alguns meses de laborioso e empenhado trabalho da Câmara de Coimbra, em conjunto com os parceiros do Governo”, que foram “inexcedíveis na procura das melhores soluções”.
José Manuel Silva realçou que foi assegurada uma valorização da pontuação no caderno de encargos do concurso “para a melhor compatibilização do Revive com a continuação da utilização do imóvel no âmbito da bienal de arte contemporânea de Coimbra [Anozero, que usa aquele mosteiro como palco principal do evento], uma relação que irá beneficiar ambas as partes”.
De acordo com o presidente da Câmara de Coimbra, há “vários potenciais interessados”, esperando que o concurso “seja um êxito e que, dentro de poucos anos, Coimbra possa dispor de mais uma unidade hoteleira de cinco estrelas, de características únicas e grandiosas e com uma paisagem deslumbrante, o que permitirá um excelente reforço da marca Coimbra, dar um forte impulso ao turismo e alavancar a economia da região”.
Na plataforma do Revive, refere-se que a área bruta total de construção é de quase 13 mil metros quadrados, numa área global de 33 mil metros quadrados, estimando-se a capacidade de cerca de 90 quartos. Aquele monumento, de fundação seiscentista e características arquitetónicas maneiristas, foi construído entre os séculos XVII e XVIII, em substituição do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, que sofre e sofria de inundações do rio Mondego.
A área a afetar ao uso turístico é “a totalidade do imóvel, com exceção da igreja e do museu”, refere o programa Revive. Em junho de 2022, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, vincou a importância de, no quadro de requalificação do monumento pelo Revive, manter a bienal a funcionar no mesmo espaço. Ainda no anterior executivo, de maioria PS, foi aprovada uma proposta de colaboração da Câmara de Coimbra com o Estado e o Turismo de Portugal, defendendo que uma parte do mosteiro deveria ficar afeta à Anozero.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Concurso para recuperação do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova foi relançado
{{ noCommentsLabel }}