Câmara de Leira contra exploração de inertes na Barosa
Câmara de Leiria está contra exploração de inertes na Barosa. E alerta Direção-Geral de Energia e Geologia para impacte ambiental no território e na qualidade de vida da população.
A Câmara Municipal de Leiria vai enviar uma exposição à Direção-Geral de Energia e Geologia a manifestar a oposição à atribuição de atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de areias siliciosas e caulinos, na Barosa, no concelho. Já está a circular um abaixo-assinado para travar este pedido devido ao negativo impacte ambiental no território e na qualidade de vida da população.
Entre os riscos associados exploração de inertes na Barosa, elencados pela autarquia de Leiria, estão a proximidade de aglomerados populacionais, a descaracterização da paisagem e a redução da mancha florestal. O município liderado pelo socialista Gonçalo Lopes alerta ainda para a interferência nos fluxos hídricos com potencial abaixamento do nível freático, a diminuição da qualidade do ar devida à existência de poeiras, o aumento do ruído e a degradação das vias de comunicação.
O também presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria entende, por isso, que “não existem condições para a concretização [exploração de inertes na Barosa], devendo prevalecer o legítimo direito da população à decisão quanto à utilização dos solos e salvaguarda da qualidade ambiental no seu território“.
O município vai, assim, ao encontro da posição assumida por munícipes, numa sessão de discussão pública para esclarecimento sobre o “pedido de atribuição dos direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de areias siliciosas e caulinos” que decorreu no passado dia 18, em Leiria.
Não existem condições para a concretização [exploração de inertes na Barosa], devendo prevalecer o legítimo direito da população à decisão quanto à utilização dos solos e salvaguarda da qualidade ambiental no seu território.
Durante esta sessão, o vereador do ambiente, Luís Lopes, garantiu que a autarquia de Leiria vai defender os interesses dos munícipes. “À semelhança do que aconteceu relativamente ao pedido de exploração em Fonte Cova, Monte Redondo, o município, ao ter conhecimento da posição da população sobre este assunto, vai enviar uma exposição à Direção-Geral de Energia e Geologia, dando conta da sua preocupação e oposição relativamente à prospeção, pesquisa e exploração na Barosa”, assegura a autarquia.
Desta sessão de esclarecimento pública resultou ainda um abaixo-assinado contra a atribuição de atribuição de direitos de prospeção e pesquisa na Barosa, que, segundo o município, “será enviado às entidades competentes” para travar este processo que pode acarretar riscos para o território e população.
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