Resifluxo transforma resíduos em plásticos na fábrica de Famalicão
Empresa de Famalicão, que fatura quatro milhões de euros, aposta na economia circular através da transformação de "lixo" em perfis de plástico 100% reciclado, como floreiras ou bancos de jardim.
Dar uma nova vida a resíduos que acabariam num aterro ou na incineração, transformando-os em perfis de plástico 100% reciclado, como floreiras, bancos de jardim, passadiços ou outro mobiliário urbano. É esta a aposta da Resifluxo, empresa de transformação situada em Arnoso Santa Maria, no concelho de Vila Nova de Famalicão, de olhos postos na economia circular e na redução da pegada ecológica.
“O lixo chega-nos em bruto, fazemos a triagem e transformação, selecionando o que será a nossa matéria-prima, que resulta num perfil de plástico, num princípio de economia circular que usa matérias que, de outra forma, ficariam no ambiente em aterros ou seriam incineradas”, descreve o diretor da área de negócio da Resifluxo, Joaquim Carvalho.
Esta empresa — que começou a atividade na gestão global de resíduos em aterros de Fafe e de Lousada — transforma este “lixo” em matéria-prima para a produção de um novo produto ecológico e “com características que permite múltiplas aplicações”, na unidade industrial de Vila Nova Famalicão.
O lixo chega-nos em bruto, fazemos a triagem e transformação, selecionando o que será a nossa matéria-prima, que resulta num perfil de plástico, num princípio de economia circular que usa matérias que, de outra forma, ficariam no ambiente em aterros ou seriam incineradas.
No último ano, a Resifluxo teve um volume de negócios que rondou os quatro milhões de euros, prevendo crescer ainda mais este ano. “Com a introdução da marca WUUD no mercado, esperamos crescer nesta área de negócio cerca de 60%”, adiantou o diretor da área de negócio da empresa, apoiando-se na qualidade, elevado grau de resistência e durabilidade deste produto.
“O desenvolvimento das características deste perfil de plástico, que permite estar no mercado com um produto de qualidade e com novas soluções e aplicações, certamente vão gerar um crescimento da marca nos próximos anos”, sustentou Joaquim Carvalho.
Durante uma visita à empresa, o autarca famalicense, Mário Passos, destacou a importância da aposta da Resifluxo no âmbito da inovação, investigação e desenvolvimento, além de ainda ter “uma elevada preocupação e responsabilidade ambiental”.
A empresa tem ainda em mãos o projeto D’ECO, de investigação e desenvolvimento de produtos inovadores para soluções de arquitetura e construção civil, numa pareceria com a Universidade do Minho, envolvendo um investimento de quase 854 mil euros, com apoio de fundos comunitários na ordem dos 582,5 mil euros.
Trata-se da conceção e desenvolvimento de um compósito de plásticos mistos, que incorpora areias de fundição a partir de resíduos resultantes do setor industrial, da construção e da indústria de fundição. “Esperamos a concretização de uma dezena de novos produtos e soluções a colocar no mercado”, frisou o responsável.
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