Politécnico da Guarda lidera projeto europeu para modernizar rádios locais
Politécnico da Guarda lidera projeto europeu para modernizar rádios dos territórios de baixa densidade populacional "através da promoção de competências digitais e do combate à desinformação".
“Com o potencial crescimento do digital, os média dos territórios de baixa densidade populacional enfrentam inúmeros desafios que têm um impacto significativo na forma como os consumidores se relacionam e consomem os conteúdos radiofónicos”, começa por afirmar o presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Joaquim Brigas.
Daí a necessidade do projeto europeu que o IPG lidera e que visa precisamente modernizar as rádios dos territórios de baixa densidade populacional “através da promoção de competências digitais e do combate à desinformação”.
A iniciativa surge no âmbito do projeto NEWAVES, liderado pelo IPG, com um orçamento de mais de 900 mil euros, e resulta de uma parceria entre instituições de ensino superior e média –rádios em particular — de Portugal, Croácia, Macedónia e Eslováquia. “O NEWAVES é uma colaboração transnacional de conteúdos radiofónicos que permite a este setor aceder a uma plataforma digital de conteúdos”, explicou Handerson Engrácio, docente no IPG e gestor de projeto.
O objetivo do NEWAVES é “introduzir inovação, ajudar a aumentar as audiências de rádios na Europa, assim como tornar o setor mais competitivo“.
Com o potencial crescimento do digital, os média dos territórios de baixa densidade populacional enfrentam inúmeros desafios que têm um impacto significativo na forma como os consumidores se relacionam e consomem os conteúdos radiofónicos.
“Pretendemos encorajar a cooperação sistémica entre profissionais das rádios locais para melhorar a viabilidade e a competitividade do jornalismo produzido profissionalmente”, afirmou, por sua vez, Fátima Gonçalves, docente no IPG, numa nota de imprensa divulgada esta sexta-feira.
Segundo a responsável, “a plataforma digital, a desenvolver em rede, permitirá o intercâmbio de boas práticas e irá, certamente, permitir a disseminação de conteúdos radiofónicos locais e regionais de forma a tornar o jornalismo mais cooperativo, sustentável e resiliente”.
Segundo o IPG, o projeto prevê, ainda, um programa de mobilidade para profissionais, formação e capacitação de estudantes e especialistas. Assim como desenvolvimento de uma metodologia de análise e avaliação da qualidade dos conteúdos, além da criação de uma rede que permite o intercâmbio de boas práticas, melhorando a colaboração entre os parceiros e aumentando a competitividade no setor.
“É uma experiência que permitirá a comunicadores, jornalistas, alunos e instituições de ensino superior partilhar conhecimento, fazer formação e incrementar a competitividade no setor dos média, principalmente em zonas europeias de baixa densidade populacional e de recursos limitados”, resumiu.
“O foco nas rádios locais é fundamental para este projeto que procura, simultaneamente, ter um impacto positivo ao nível da sustentabilidade económica, ambiental, cultural e social”, vincou Handerson Engrácio.
O NEWAVES, que terá a duração de dois anos, é financiado pela segunda edição do programa Europa Criativa, que disponibiliza 7,5 milhões de euros para projetos transversais de parcerias jornalísticas que abordem as mudanças estruturais e tecnológicas enfrentadas pelos órgãos de comunicação social. O IPG é uma das primeiras instituições de ensino superior portuguesas a liderar uma iniciativa do programa Europa Criativa.
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