Portugal tem de reduzir a elevada dependência da banca e dos fundos europeus, diz Vieira Lopes
“Uma estrutura empresarial nas mãos de um sistema bancário com perfil conservador, não tem condições para inovar e operar a mudança de perfil produtivo de que o país carece”, disse Vieira Lopes.
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) alertou para a necessidade de diminuir a elevada dependência da banca e dos fundos europeus no investimento. No arranque das Jornadas CCP 2023, que vão percorrer o país, João Vieira Lopes, pediu uma maior autonomia dos organismos intermédios e um reforço da sua ligação com os promotores dos projetos.
“Uma estrutura empresarial nas mãos de um sistema bancário com perfil conservador, não tem condições para inovar e operar a mudança de perfil produtivo de que o país carece”, disse Vieira Lopes. O país tem de crescer com base em reformas de fundo que permitam às empresas diminuir a elevada dependência dos fundos europeus, atraindo recursos externos e reduzindo a dependência das empresas no que respeita ao financiamento bancário, acrescentou o responsável citado em comunicado.
Uma opinião partilhada pelo ministro da Economia que destacou que “as empresas estão viciadas no endividamento bancário”, no seu discurso.
Sublinhando a importância de Portugal levar a cabo uma reforma do Estado, o presidente da CCP defende a necessidade de existir na orgânica do Governo um responsável político pela área dos fundos estruturais, de modo a que a atuação dos ministérios que gerem fundos esteja subordinada a uma orientação geral. Além disso, defendeu que os organismos intermédios, como o IAPMEI, AICEP, etc, devem ter uma maior autonomia, sobretudo no Portugal 2030, para garantir uma melhor ligação aos promotores dos projetos, algo que, na sua opinião, não tem acontecido até aqui.
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