Évora define modelo de Capital Europeia da Cultura até ao verão
O modelo jurídico da estrutura de gestão de Évora Capital Europeia da Cultura 2027 deverá ficar decidido entre julho e agosto, garante a coordenadora do projeto.
O modelo jurídico da estrutura de gestão de Évora Capital Europeia da Cultura 2027 deverá ficar decidido entre julho e agosto, revelou esta sexta-feira a coordenadora da equipa de missão, Paula Mota Garcia.
Numa sessão de apresentação, em Lisboa, do projeto Évora Capital Europeia da Cultura 2027, Paula Mota Garcia explicou que está a ser equacionado o modelo jurídico de gestão mais adequado, estando em cima da mesa hipóteses como a criação de uma associação cultural ou sociedade anónima.
“Queremos que a comissão executiva se mantenha nesta estrutura de gestão. É constituída por estruturas públicas e privada e juridicamente temos de ter a certeza que é possível estarem”, sublinhou.
Questionada pela agência Lusa sobre os prazos de decisão, a coordenadora da equipa de missão disse que terá de ficar decidido nas próximas semanas, entre finais de julho e início de agosto, porque em setembro terá de ser entregue o primeiro relatório de trabalho ao júri que acompanhar o desenvolvimento da Capital Europeia da Cultura.
“O que estamos a dar prioridade é criar as condições para a concretização de tudo o que está escrito em dossier de candidatura, desde a estrutura de gestão que vai gerir todo o processo, começar a implementar os projetos que estão escritos, chamar as pessoas”, elencou Paula Mota Garcia.
A Comissão Executiva Évora 2027 é liderada pela Câmara Municipal de Évora e integra ainda a Direção Regional de Cultura do Alentejo, a Universidade de Évora, a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo, Turismo do Alentejo – ERT, Fundação Eugénio de Almeida e Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo – ARPTA.
Lembrando que 70% da programação artística e cultural de Évora Capital Europeia da Cultura 2027 já está definida, com projetos “escritos, desenvolvidos e identificados”, há ainda uma vertente aberta às comunidades.
“Da parte que falta, preferimos abrir calls em 2024 e 2025, a estruturas residentes no Alentejo, outras para festivais, outras para um trabalho do domínio com jovens e escolas, uma ‘call’ internacional, e o resultado vai compor aquilo que resta”, disse.
Entre “os projetos de legado” que vão ficar no Alentejo depois de 2027, Paula Mota Garcia lembrou a criação do Centro Nacional para a Dança Contemporânea; um centro interpretativo da Escola Polifónica da Sé de Évora; um espaço dedicado à marioneta; e a recuperação de uma ideia de escola de atores, em homenagem ao ator e encenador Mário Barradas, fundador do Centro Dramático de Évora.
Sobre a concretização dos 46 milhões de euros de orçamento alocado a Évora Capital Europeia da cultura 2027, dos quais 29 milhões de euros são provenientes do Governo, a coordenadora disse que há trabalho a desenvolver e consolidar, junto da autarquia de Évora e com mecenato privado.
A este propósito, disse que a estrutura de missão quer organizar uma conferência sobre questões de mecenato.
“A questão da lei do mecenato tem de ser revista e a Capital Europeia da Cultura pode ter esta missão de levar a público questões que são importantes para o setor”, disse.
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