Fundo Coimbra Viva tem 27 imóveis em carteira na Baixa da cidade e já reabilitou nove

  • Lusa
  • 16 Junho 2023

O fundo Coimbra Viva, que junta entidades privadas e públicas, conta com 27 imóveis em carteira na Baixa da cidade, avaliados em 4,5 milhões de euros.

O fundo Coimbra Viva, que junta entidades privadas e públicas, conta com 27 imóveis em carteira na Baixa da cidade, nove dos quais estão já reabilitados e outros tantos licenciados ou em licenciamento, avançou à agência Lusa a sociedade gestora.

O fundo, criado em 2011 para atuar numa zona delimitada da Baixa da cidade, tem como participantes institucionais a Câmara Municipal de Coimbra e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). É gerido pela sociedade privada FundBox, permitindo também a participação de investidores privados e detentores de imóveis.

Depois de ter arrancado a atividade com 17 imóveis, o fundo, atualmente, tem em carteira 27 imóveis, espalhados pelas ruas da Moeda, Direita, João Cabreira, Nogueira e Pedro Olaio, que estão avaliados em 4,5 milhões de euros, adiantou à agência Lusa a FundBox, em resposta por escrito.

De acordo com a sociedade gestora do fundo, já foram reabilitados nove imóveis e vendeu, entre 2018 e 2022, dez apartamentos, num valor bruto faturado de 1,35 milhões de euros.

Todas as propostas são analisadas à luz do melhor interesse para o fundo.

FundBox

De momento, tem seis apartamentos arrendados em imóveis que foram requalificados e outros seis que estão à venda, disse, sublinhando que não é privilegiada a venda ou o arrendamento. “Todas as propostas são analisadas à luz do melhor interesse para o fundo”, aclarou.

18 imóveis por reabilitar, três dos quais já licenciados (associados ao projeto de uma residência de estudantes na Baixa) e seis em licenciamento, nomeadamente um projeto de reabilitação de um conjunto de prédios na rua Direita, junto à futura estação do metrobus, referiu a entidade.

O projeto da residência de estudantes, que o atual executivo camarário tem defendido, prevê uma capacidade para 70 pessoas, distribuídas “por 62 estúdios”, disse a FundBox, recusando-se a avançar com os preços que deverão ser praticados por considerar que ainda “é prematuro” apresentar uma estimativa quando as obras ainda não começaram.

A sociedade, que está legalmente impedida de revelar os participantes do fundo, explica que a carteira de imóveis pode ser sempre alargada através de aquisições ou pela subscrição em espécie. Na subscrição em espécie, proprietários com imóveis na zona delimitada, podem contactar a sociedade gestora com interesse em participar no fundo.

O imóvel é avaliado e posteriormente é realizada uma assembleia de participantes do fundo, que pode aprovar o aumento de capital em espécie, com o proprietário a deixar de ser proprietário do “seu prédio e, em contrapartida, recebe unidades de participação do fundo Coimbra Viva, que terão o valor equivalente ao montante do aumento de capital em espécie”, explicou.

Apesar de reconhecer que ainda há “trabalho a desenvolver” na área delimitada do fundo, a sociedade gestora sublinha que, pela “experiência adquirida ao longo dos últimos anos, tem todo o interesse em discutir o alargamento da atividade do fundo, a outras áreas da cidade”.

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