Um mês depois do lançamento, rede social Threads perdeu 79% dos utilizadores ativos
A 7 de julho, o Threads contava com um total de 49,3 milhões de utilizadores diários ativos (apenas na app Android). Contudo, um mês depois, este número caiu para 10,3 milhões.
Threads, a nova aposta da Meta em termos de redes sociais criada para destronar a X (ex-Twitter), foi lançada no dia 6 de julho e o seu sucesso foi imediato, batendo recordes em termos de novos utilizadores. No entanto, este sucesso parece ter sido efémero, com a plataforma a registar, num mês, um decréscimo de 79% de utilizadores ativos, segundo um estudo da Similarweb.
Disponível em 100 países — dos quais se exclui os da União Europeia, para já, uma vez que as entidades europeias não aprovaram o seu lançamento no continente por ser obrigatório o utilizador ter uma conta de Instagram para poder criar um perfil no Threads — o sucesso da rede social foi imediato, ao terem sido registados dez milhões de perfis em sete horas. Já a marca de 100 milhões de utilizadores foi superada em apenas cinco dias.
No dia 7 de julho, de acordo com os dados da Similarweb, o Threads contava com um total de 49,3 milhões de utilizadores diários ativos (apenas na app Android), contudo, um mês depois, este número era de apenas 10,3 milhões.
O tempo despendido pelos utilizadores diariamente na plataforma também recuou. No dia 7 de julho, o tempo gasto diariamente pelos utilizadores na nova rede social era de 14 minutos mundialmente e 21 minutos nos Estados Unidos. Um mês mais tarde, a 7 de agosto, os utilizadores norte-americanos gastaram apenas três minutos na plataforma.
Em comparação, o X tem cerca de 100 milhões de utilizadores ativos diariamente (apenas na app Android) e estes passaram, “consistentemente”, cerca de 25 minutos por dia na rede social entre 5 de julho e 6 de agosto.
Embora a adesão de novos utilizadores à nova rede social da Meta tenha sido grande aquando o seu lançamento, muitos destes utilizadores não se “fidelizaram”, tendo a mesma alegadamente perdido metade deles. “Se tens mais de 100 milhões de pessoas a registarem-se, idealmente seria fantástico se todas ou até metade delas permanecessem, mas ainda não chegámos a esse ponto”, disse Mark Zuckerberg, líder da empresa dona do Facebook, Instagram, Threads e Whatsapp, citado pela Reuters.
Na altura, Zuckerberg disse ainda que encarava as desistências como algo “normal” e que só esperava alcançar um elevado grau de retenção de utilizadores quando a rede social dispusesse de mais funcionalidades, incluindo uma versão desktop e pesquisa. No seu lançamento, a rede social foi, de facto, criticada pelas funcionalidades limitadas de que dispunha, aponta a BBC.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.