Social commerce impulsiona vendas e marcas
O que acontece com o retalho físico? Tem de haver lugar para este formato de retalho, que precisa de se reinventar e, uma das abordagens, passa por criar mais entretenimento nas compras.
A utilização das redes sociais como estratégia para promover marcas e impulsionar vendas já é uma realidade para muitas empresas. Conhecido como social commerce, esta abordagem procura integrar as plataformas de e-commerce nas redes sociais, aproveitando o poder de influência dos criadores de conteúdo e influenciadores e acompanhando a evolução dos comportamentos e hábitos de compra dos consumidores.
O social commerce tem o poder de impactar o futuro da distribuição e as marcas podem tirar partido do seu potencial para acompanhar melhor a jornada do consumidor. Desde os tempos da pandemia que se observa um impulso na participação da distribuição no social commerce, que segundo dados da Magna (unidade da IPG Mediabrands), pode representar até 20% das vendas, ou até mais para alguns negócios exclusivamente online. As marcas estão a perceber que uma percentagem significativa das suas vendas será provavelmente gerada através de canais de ecommerce. Mas esta é uma questão complicada porque a maioria das marcas ao longo dos anos considerou o retalho físico, e o seu conhecimento e capacidade de ecommerce ainda são atualmente incipientes.
Isso representa um desafio para algumas marcas do retalho que se debatem sobre a melhor forma de estruturar as suas ofertas online para maximizar as vendas e, ainda mais importante, a rentabilidade.
No entanto, a perceção do que interessa realmente aos consumidores, motivados pela influência e comentários de influencers, a qualidade das suas experiências nas redes sociais e a forma como interagem com as marcas, é cada vez mais uma realidade. O social media tornou-se crucial para os consumidores na tomada de decisões de compra, com um número cada vez maior de pessoas, em praticamente todos os mercados (estudo da Magna), que usam cada vez mais as redes sociais para fazer compras, além de ferramenta para descobrir novas marcas e produtos, e interagir (publicação de críticas, comentários, opiniões).
Parece mais fácil a compra online, embora haja atritos na jornada de compra, e uma taxa de devolução de produtos elevada (o que não acontece tanto na compra nas lojas físicas), com consequências diretas no lucro. Por outro lado, há uma curiosidade natural e entusiasmo que leva as pessoas a experimentar novas tecnologias, em todas as faixas etárias, e sobretudo na Geração Z, que revelam como o social commerce está a ganhar tração a um ritmo muito interessante.
Dado que a rentabilidade orienta as decisões do retalho, as novas tecnologias, como realidade aumentada e virtual, parecem ser o caminho para as marcas e anunciantes, e poderão contribuir para tornar mais lucrativo o ecommerce, ao reduzir os seus riscos ou atritos no processo de compra do consumidor.
Toda esta ênfase no social ecommerce levanta a questão: o que acontece com o retalho físico? Tem de haver lugar para este formato de retalho, que precisa de se reinventar e, uma das abordagens, passa por criar mais entretenimento nas compras.
Um trabalho desafiante para os profissionais de marketing que além da ênfase no social commerce têm também de pensar em estratégias para as lojas físicas que vão ao encontro dos atuais hábitos de comportamento e de consumidores que querem viver uma experiência de compra cada vez mais perfeita.
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