Grupo canadiano investe três milhões no “último parque urbano” do centro do Porto
Vai nascer em agosto de 2024 "o último parque urbano no centro da cidade do Porto", com 1,7 hectares, num investimento de três milhões de euros do grupo canadiano Mercan Properties.
“Este é o último parque urbano que podemos construir no centro da cidade. Não há mais espaços desta natureza com 1,7 hectares de área”, começou por afirmar o presidente da Câmara Municipal do Porto durante a cerimónia que assinalou o arranque da obra do Parque Urbano da Lapa. Num investimento de três milhões de euros, suportado pelo grupo canadiano Mercan Properties, dono do Renaissance Porto Lapa Hotel, este novo pulmão verde da cidade estará pronto a usufruir em agosto de 2024, avançou Rui Moreira que abdica de um milhão de euros de taxas em prol deste espaço verde.
Esta empreitada resulta de uma parceria entre a autarquia e o grupo canadiano, no âmbito do processo de licenciamento para a nova unidade hoteleira. Contemplou, ainda, a intervenção do grupo privado na requalificação das ruas de Cervantes e de Alves Redol, abertas ao trânsito desde março. Neste caso, “não houve uma isenção de pagamento de taxas que rondaria um milhão de euros. Houve, sim, uma cedência de terreno no âmbito de uma operação urbanística que está prevista no Plano Diretor Municipal”, explicou o vereador do Urbanismo do município, Pedro Baganha, durante a cerimónia.
O independente Rui Moreira considerou, por isso, que a cidade e o município ficam a ganhar com a criação de uma nova frente urbana, um espaço verde desta envergadura e pronto em tão curto espaço de tempo. Além do arranjo urbanístico de terrenos “proscritos há décadas”, o novo parque terá uma bacia de retenção de águas pluviais e acesso direto à Estação de Metro da Lapa. “Este é um parque de fruição e de atravessamento que terá um grande impacto ambiental”, sustentou o autarca.
Este é o último parque urbano que podemos construir no centro da cidade. Não há mais espaços desta natureza com 1,7 hectares de área.
Nos últimos anos, a área total intervencionada de espaços verdes no município do Porto, entre requalificações e expansões, foi de 76 hectares dos quais 22 hectares são espaços novos. Entre eles está a construção do Parque Oriental, o remate poente do Parque da Cidade, a expansão do Parque de São Roque, a construção do Parque Central da Asprela e a cobertura verde do Terminal Intermodal de Campanhã.
O presidente da Mercan Properties, Jordi Vilanova, frisou, por fim, que este é o “contributo [do grupo] para o desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida da cidade”, além de “cimentar um legado para gerações futuras: um Porto mais ecológico“.
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