Governo atribui 7,4 milhões de euros à Metro do Porto para estudos de novas linhas
Governo atribui 7,4 milhões de euros para Metro do Porto estudar os novos traçados que correspondem à construção de mais 37 quilómetros de linha de metro e 38 novas estações do serviço.
O Ministério do Ambiente e Energia anunciou esta quarta-feira a atribuição de 7,4 milhões de euros à Metro do Porto, para o desenvolvimento de estudos das novas linhas em Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto e Trofa.
Esta verba foi atribuída em articulação com o Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) e visa os estudos dos novos traçados que correspondem à construção de mais 37 quilómetros de linha de metro e 38 novas estações do serviço.
O estudo e planeamento dos quatro traçados em causa irão contar com financiamento de 2,56 milhões de euros, ainda este ano, e de 4,8 milhões de euros, em 2025, provenientes do Fundo Ambiental, uma entidade na dependência da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, que tem como finalidade o apoio a políticas ambientais.
Citada em comunicado, Maria da Graça Carvalho refere que “fomentar o transporte público de qualidade é um elemento essencial dos esforços de descarbonização da nossa economia, uma vez que o setor dos transportes é, precisamente, um daqueles cujos indicadores nacionais no contexto europeu exigem um empenho permanente”.
“É preciso proporcionar aos cidadãos verdadeiras alternativas ao uso do automóvel, as quais, atualmente, continuam a ser manifestamente insuficientes”, defende a governante.
As novas linhas, que irão acrescentar 38 estações ao Metro do Porto e estarão prontas até 2030, são a Linha da Trofa — entre o Instituto Universitário da Maia (ISMAI) e o Muro, com cerca de 3,2 quilómetros e duas estações, e uma linha de BRT (Bus Rapid Transit/Metrobus) entre o Muro e a Paradela, com cerca de 7,3 quilómetros e cinco estações/paragens, (Ribela, Muro, Serra, Bougado, Pateiras, Trofa Sul e Paradela).
A Linha da Maia II — uma linha de BRT ou metro, entre Roberto Frias e o Aeroporto, com cerca de 14,3 quilómetros e 18 paragens, se for em BRT, ou 13,3 quilómetros e 16 estações, se for metro (Os Verdes II, Ponte de Moreira, Espido, Parque Maia II, Chantre, Catassol, Maninho, Gueifães, Milheirós, Águas Santas, Caverneira, São Gemil, Giesta, Pedrouços, HSJ II e Roberto Frias).
A Linha de Gondomar — entre o Estádio do Dragão e Souto, com cerca de 6,9 quilómetros e oito estações (São Roque, Cerco, Lagarteiro, Lagoa, Valbom, Hospital Fernando Pessoa, Oliveira Martins e Souto) e a Linha de São Mamede — entre o IPO e o Estádio do Mar, com cerca de 6,6 quilómetros e oito estações (Senhora da Hora II, S. Gens, Xanana Gusmão, Elaine Sanceau, Pedra Verde, S. Mamede, ISCAP, IPO II), completam o traçado.
Segundo a informação do Ministério do Ambiente, com esta verba (7,36 milhões de euros) serão financiados, entre outros, os estudos prévios, de incidência e de impacte ambiental, mas também os levantamentos topográficos, patrimoniais e diversas sondagens.
O anúncio da expansão da rede do Metro do Porto foi feito em outubro de 2023, no que se refere às linhas ISMAI – Muro – Trofa (metro até Muro e ‘metrobus’ até Paradela), Gondomar II (Dragão – Souto), ISMAI, Maia II (Roberto Frias – Parque Maia – Aeroporto) e São Mamede (IPO – Estádio do Mar).
A expansão da rede do Metro do Porto remete ao protocolo de Gondomar, assinado em fevereiro de 2020 pelos autarcas cujos municípios beneficiarão do alargamento da rede.
Atualmente a Metro do Porto conta com seis linhas em operação, estando em construção uma extensão da Linha Amarela (D) entre Santo Ovídio e Vila d’Este (Vila Nova de Gaia), a Linha Rosa (G), entre São Bento e Casa da Música (Porto), uma linha de ‘metrobus’ entre Casa da Música e Praça do Império (aguarda-se lançamento da extensão à Anémona), e o arranque das obras da Linha Rubi (H), entre Casa da Música e Santo Ovídio, que inclui uma nova ponte sobre o rio Douro, está previsto para o final deste ano.
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