Vila Galé transforma Quinta da Cardiga na Golegã num resort de campo de 20 milhões
O hotel Vila Galé Collection Tejo vai criar 40 postos de trabalho na região, numa primeira fase. Grupo liderado por Jorge Rebelo de Almeida tem 44 hotéis, dos quais 32 são em Portugal.
O grupo Vila Galé vai investir 20 milhões de euros para transformar a histórica Quinta da Cardiga, na Golegã, num hotel de quatro estrelas. A unidade receberá o nome Vila Galé Collection Tejo – Country Resort Hotel Convention, Spa & Equestrian Sports. Numa primeira fase, o projeto vai criar 40 postos de trabalho na região. Atualmente o grupo soma 32 unidades hoteleiras em Portugal.
O Vila Galé Collection Tejo será um resort de campo, com 116 quartos, dedicada à temática equestre. Vai contar ainda com bar panorâmico, campos de futebol, padel e polidesportivo, piscina exterior e interior, SPA, salas de massagens, ginásio, zona de lazer para crianças, picadeiros externo e coberto e cocheiras. As obras arrancam no segundo trimestre de 2025 e a primeira fase do hotel deverá estar concluída em junho de 2026.
“Para além das atividades desportivas para adultos e crianças, este hotel na Golegã estará muito ligado à tradição equestre“, conta ao ECO Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Grupo Vila Galé. O empresário detalha que o grupo já tem três projetos com cavalos no Alentejo: o Vila Galé Alentejo Vineyard, o Vila Galé Nep Kids e o Vila Galé Collection Alter Real – Resort Equestre, Conference & Spa.
Classificada como imóvel de interesse público desde 1952, a Quinta da Cardiga foi doada em 1169 por D. Afonso Henriques à Ordem dos Templários para que ali construíssem um castelo. Com a extinção da Ordem Templária, a Quinta é entregue à Ordem de Cristo. Após a revolução liberal e extinção das ordens religiosas, em 1836, a Quinta da Cardiga foi vendida em hasta pública por 200 contos de reis. A partir de então, teve sucessivos proprietários privados até ao seu declínio e abandono a partir da segunda metade do século passado.
O grupo liderado por Jorge Rebelo de Almeida pretende “enaltecer a história do local”. Os trabalhos vão ser desenvolvidos em duas fases. A primeira delas, que contempla 71 quartos, será dedicada à recuperação do núcleo principal do empreendimento, composto pelo Palácio – preservando-se os seus amplos salões, cúpulas e abóbadas seculares, bem como os múltiplos painéis de azulejos e estatuária –, Lagar e Celeiro, e também os antigos edifícios das cocheiras e das cavalariças, do picadeiro e da capela. Já a segunda fase, que decorrerá em 2027, será dedicada ao conjunto de edifícios a norte da Quinta da Cardiga, também desativados e em ruínas. Aqui, surgirão mais 45 quartos, um grande salão de eventos e a cavalariças.
Apesar de considerar que é “mais difícil viabilizar um hotel no interior de Portugal”, Jorge Rebelo de Almeida afirma que para além de “gostar de desafios”, considera que o “país precisa de desanuviar a pressão sobre o litoral e desenvolver-se no interior”.
Para lá do anúncio deste investimento na Golegã, onde por estes dias decorre a Feira do Cavalo, a dinâmica de aberturas do grupo português vai prosseguir nos próximos meses, com novidades em Portugal e no Brasil.
Já a 28 de novembro, o Vila Galé vai abrir o 45.º hotel, no Ceará (Brasil), o Vila Galé Collection Sunset Cumbuco. Ainda no Brasil, em abril do próximo ano, o grupo inaugurará o Vila Galé Collection Ouro Preto (Minas Gerais), e em novembro o Vila Galé Collection Amazónia – Belém, que tem como o objetivo dar resposta à procura hoteleira da COP 30, que decorrerá em novembro de 2025.
No que toca a Portugal, o grupo prevê inaugurar, em fevereiro, o Vila Galé Casas D’Elvas, e em abril, o Vila Galé Collection Paço do Curutelo, na vila de Ponte de Lima.
“Neste momento, estamos com 14 projetos em andamento”, afirma ao ECO o líder do grupo que emprega 5.500 pessoas entre Portugal, Brasil, Cuba e Espanha. Jorge Rebelo de Almeida adianta ainda que apenas aguarda a licença para começar a obra do Paço Real de Caxias, no município de Oeiras.
No ano passado, os lucros do Grupo Vila Galé subiram 12% para 100 milhões de euros. A empresa liderada por Jorge Rebelo de Almeira soma 44 hotéis, dos quais 32 são em Portugal.
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